Durante depoimento nesta quarta-feira (9), a mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, contou detalhes da rotina com o ex-vereador Dr. Jairinho e comparou sua relação sexual com um ritual do sexo. A professora disse que o ex-namorado tinha uma personalidade controladora até em momentos íntimos.

Monique afirmou que após as constantes brigas, o ex-casal recorria ao sexo. Em algumas delas, o ex-vereador a enforcava para demonstrar poder. Segundo Monique, não existia outra posição, nem outro local que satisfizesse o parceiro.

“Eu tinha que namorar com ele para ele se acalmar. Senão, ele não se acalmava, continuava gritando, gritando e gritando, sem parar. Era sempre na cama, em cima de mim, me enforcando, não de modo que eu estava sendo torturada, mas como se fosse uma posse, um controle até na hora de estar namorando comigo”, afirmou.

Ainda no depoimento, a professora contou que as relações sexuais entre o casal envolviam agressões por parte de seu companheiro.

Foto: Brunno Dantas/TJRJ/Divulgação

“Todas as vezes que nós namorávamos, era como se fosse um ritual. Era ele em cima de mim, não existia outra posição que a gente pudesse fazer. Ele sempre me enforcando, sempre me mandando eu dizer que ele era o único homem da minha vida”, relata.

“Ele queria que eu dissesse que nunca tinha transado com outro homem, que nunca tinha gozado com outro homem. Ele me obrigava a dizer isso até ele completar o que tinha que completar”, contou Monique.

Durante a audiência de instrução nesta quinta-feira (9), no 2º Tribunal do Júri no Rio de Janeiro, Monique narrou um dos episódios na qual foi agredida por Jairinho. Segundo a ré, o ex-vereador a enforcou na cama, enquanto ela dormia ao lado do filho.

“Foi a primeira agressão a mim. Ele pulou o muro na minha casa e abriu o meu celular pra ver a minha conversa com o Leniel. Acordei sendo enforcada ao lado do meu filho”, contou Monique.

Entenda

Monique e Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, são acusados de matar Henry Borel, de 4 anos, no apartamento onde moravam, na Barra da Tijuca, no dia 8 de março de 2021. O ex-casal está preso desde de 8 de abril, por tortura e homicídio triplamente qualificado.

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