A empresa dona do avião que caiu na última sexta-feirA (5), e causou a morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, PEC Táxi Aéreo, está sendo investigada pelo Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT), por suposto desrespeito a jornada de trabalho e pilotos trabalhavam cansados.
De acordo com o órgão, apesar dessa denúncia recebida, não é possível afirmar que as supostas irregularidades tenham ligação com o acidente envolvendo a artista.
Segundo o G1, o procurador-chefe do Trabalho, Alpiniano do Prado Lopes, afirmou que em maio deste ano, uma denúncia anônima informando que a empresa de táxi aéreo não respeitava horários de trabalho, os pilotos voavam mais do que o recomendado e não havia local adequado para descanso da tripulação, foi feita.
O MPT então abriu um inquérito civil para investigar os fatos. Em junho, a empresa respondeu o órgão negando que houvesse excesso de jornada. “Eles alegaram que o pouco que tinha era devido ao transporte de passageiros e medicamentos durante a pandemia de Covid-19”, disse o procurador-chefe.
“A mais preocupante é a questão do descanso. Se o piloto trabalha sem descanso, um excesso de jornada, se não tem como ficar bem alojado, isso pode trazer problemas, consequência. Não sei se o fato foi exatamente o cansaço, isso ainda será investigado, se o acidente está vinculado ao excesso de jornada e cansaço do piloto. Se tiver, demonstra que há um problema e isso vai ser investigado”, continuou o procurador-chefe.
Ele explicou ainda que, devido ao acidente com a Marília Mendonça, as investigações serão aceleradas. Funcionários da empresa devem ser ouvidos na próxima semana.
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