O assunto voltou a ser tema de debate depois que a digital influencer Mayra Cardi recentemente adotou a prática, após ter feito um jejum de 7 dias. Alvo de críticas, Mayra explicou que todo o processo teve acompanhamento médico e com a finalidade de saúde, alma, oração e estudos, não para emagrecimento. 

O crudivorismo, também  conhecido como alimentação viva, em inglês “Raw Food”, é baseada no consumo apenas de alimentos crus, de maneira mais natural possível ou aquecidos até 40°C. Os alimentos não podem ser assados, cozidos ou fritos.

Frutas, verduras, legumes, oleaginosas, cereais e sementes germinadas, são os alimentos mais priorizados na dieta, que costuma evitar ou restringir alimentos de origem animal. A técnica existe há milênios de anos, entre os ocidentais, ganhou força na década de 90.

De acordo com o conceito do crudivorismo, os alimentos crus mantêm o equilíbrio perfeito de água no nosso corpo, oferecem nutrientes e fibras para satisfazer as necessidades do nosso organismo, e ajudam o sistema digestivo a funcionar melhor. Além disso, de acordo com os princípios da técnica, quando a comida chega em uma temperatura superior a 45-50ºC, algumas enzimas dos alimentos são destruídas, sendo prejudiciais para a nossa digestão. 

Dentre os benefícios da dieta podemos citar. 

  • Evita a perda de micronutrientes, como vitaminas, minerais e antioxidantes
  • Mantém ativas determinadas enzimas presentes no próprio alimento
  • Reduz o consumo de produtos ultraprocessados
  • Evita a desnaturação de proteínas
  • Deixa de comer açúcares
  • É uma dieta sustentável do ponto de vista ambiental.

Alguns alimentos que não podem faltar:

  • Vegetais – Alface, espinafre, pepinos, salsão, salsa, cebola, tomate e pimentões.
  • Oleaginosas – Nozes, Amêndoas, castanha do pará, macadâmia, semente de abóbora, girassol, linhaça e chia.
  • Frutas – limão, laranjas, bananas, abacates e maçãs.
  • Óleos – azeite de oliva, óleo de linhaça, óleo de gergelim não torrado e óleo de coco extra virgem.
  • Grãos e leguminosas – trigo sarraceno, quinoa, aveia, lentilha, grão de bico.

Como fazer

Isso irá variar. Algumas vertentes desta técnica pregam que o alimento seja comido o mais natural possível, sem que seja processado. As mais comuns, afirmam que pode ser feito o processamento, desde que a comida não seja aquecida a mais de 40°C. Algumas pessoas fazem uma dieta 100% crua, enquanto outras adotam apenas 70% do cardápio cru e o restante é consumido aquecido até 42°C.

Para preparo, métodos como desidratação, germinação de brotos e fermentação podem ser utilizados. 

Para quem está iniciando esse tipo de dieta, é ideal começar aos poucos. Incluindo sucos verdes, frutas, oleaginosas nos lanches intermediários. 

Ter uma dieta a base de frutas, legumes e outros alimentos que fornecem nutrientes ao nosso corpo é importante, mas é preciso se atentar ao radicalismo da técnica. Os outros grupos alimentares e modos de preparo da dieta podem causar deficiências nutricionais e problemas futuros. É necessário ainda ter muito cuidado com a higiene dos alimentos para evitar infecções por micro-organismos presentes nos vegetais.

Antes de adotar a dieta, o ideal é consultar um nutricionista e avaliar se essa é a dieta mais indicada dependendo do seu caso. 

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