A doença de Burnout muitas vezes é silenciosa e o indivíduo não percebe ou não se dá conta de que está vivenciando um problema, pois o Burnout pode se apresentar com sintomas diversos, sendo confundindo com outros tipos de doenças. Trata-se de uma patologia relacionada ao estresse no trabalho e ao estilo de vida de cada um, assuntos que têm tido cada vez mais evidência no Brasil e no mundo.
O médico cearense especialista em longevidade, André Guanabara, explica que o Burnout pode aparecer, por exemplo, no sistema gastrointestinal, em problemas com o sono, e até depressão. “É a fadiga do corpo e da mente pelo excesso de trabalho. Mulheres se sentem mais sobrecarregadas, pois é comum fazerem jornadas triplas. Às vezes, o ato de bater metas e tentar ser cada vez melhor, acaba levando ao Burnout e muitas vezes as pessoas sequer percebem”, diz.
Guanabara cita sintomas dor de cabeça, libido mais baixa, ansiedade, queda de cabelo, manchas pelo corpo. “A doença pode ser identificada por meio do exame anamnese e exames laboratoriais e pelas endopatias ocasionadas pela doença que são o desequilíbrio das glândulas. Tudo isso é tratável, mas é preciso ter tratamento adequado, que começa com a terapia e mudança do estilo de vida, sendo muitas vezes preciso entrar com antidepressivo”, explica Guanabara.
A expressão Burnout surgiu da frase “To burn out”, em inglês, usada pela primeira vez em 1974, pelo psicanalista Herbert Freudenberger, que observou que o seu trabalho não lhe trazia mais prazer como antes, e que estava trazendo sensação de esgotamento e falta de estímulo em razão da falta de energia emocional. Burnout passou a significar aquele que chegou ao seu limite, com grande prejuízo no desempenho físico e emocional. A doença é, portanto, caracteriza por sintomas graves de exaustão emocional.
Segundo dados de pesquisa realizada em 2021 pela faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, 18% das pessoas são vítimas da Síndrome de Burnout, sendo que a maioria da população afetada tem menos de 30 anos. A doença foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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