A vida é cheia de altos e baixos e nem sempre a maré está para peixe. Ao longo de vida é natural lidar com términos, dificuldades, luto, entre outras situações que inevitavelmente irá nos entristecer. É a vida acontecendo e nem tudo pode ser considerado depressão. Hoje  é comum encontrar pessoas  que  se rotulam e consideram alterações de humor como depressão,  banalizando um transtorno sério e que necessita de intervenção.

A depressão é um transtorno mental que está associado a um conjunto de emoções e sentimentos negativos como incapacidade, pessimismo, baixo autoestima, tristeza, perda de prazer, entre outros. O transtorno pode afetar diversas capacidades do indivíduo e resultar em ações fatais como o suicídio. Diagnósticos de depressão devem ser tratados com seriedade por profissionais qualificados. Porém, alguns sentimentos ligados a depressão podem se manifestar de forma isolada, devido a situações comuns da vida, ou seja, nem toda baixo autoestima deve ser tratada como depressão. O psicólogo comportamental Emerson Viana explica que passar por episódios que influenciam na autoestima, por exemplo, não podem ser considerados depressão. “É natural que em um término de relacionamento, ou aumento de peso faça com que a pessoa sinta uma baixa na autoestima, porém isso é transitório e pode ser solucionado de forma simples” – explica.

A tristeza é um sentimento comum do ser humano, assim como a alegria e em muitas vezes se manifesta como um mecanismo de defesa, justamente para não desencadear um transtorno emocional como a depressão, desse modo, deve-se considerar algumas emoções como comum do ser humano. Um fator preocupante é que o diagnóstico para transtornos como depressão estão se tornando generalistas. “Existem muitas pessoas que estão sendo diagnosticadas com depressão e isso pode se tornar de fato um transtorno, já que a mente humana se condiciona aos pensamentos, ou seja, ela passa a reproduzir nossos pensamentos e influenciar em todo nosso organismo” – afirma o psicólogo.

 É importante saber diferenciar e buscar profissionais qualificados para fazer uma avaliação e fechar um diagnóstico, para, então, recomentar qual a intervenção mais adequada para o quadro do paciente. A depressão deve ser levada a sério.

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