Segundo especialista, emagrecer está ligado ao gerenciamento das emoções

O carnaval já virou sinônimo de boa forma, seja para desfilar nas escolas de samba, para aguentar a folia dos bloquinhos de rua ou pelo verão, onde o corpo fica mais a mostra. Mas será que é realmente simples ou necessária essa euforia para emagrecer e atingir uma forma física mais definida?

Segundo um estudo publicado pela revista científica Lancet, 1/5 dos adultos brasileiros estão obesos – e essa fração representa quase 30 milhões de pessoas. As mulheres são que mais apresentam o problema: 23% delas são obesas, enquanto entre os homens o índice é de 17%. Em decorrência dos números, cada vez mais se procura métodos para emagrecer, que vão desde as dietas, a prática de atividade física, a realização de procedimentos estéticos e até mesmo intervenções cirúrgicas.

De acordo com o especialista em Inteligência Emocional, Rodrigo Fonseca, embora todas essas medidas ajudem a perder peso, é importante entender como a mente tem poder sobre o processo de emagrecimento. “São variadas as ações que podemos extravasar as emoções que sentimos durante a vida, como a culpa, carência, tristeza, raiva, ansiedade e até mesmo a alegria. Isso porque essas emoções provocam diferentes reações em cada um, e geram respostas diferentes: crises nervosas, choro compulsivo, sentimento de raiva, tendência autodestrutiva, euforia e, também, comer de maneira compulsiva. A fome emocional é só um dos exemplos de como o corpo tenta extravasar algum desequilíbrio. Ao comer compulsivamente, a pessoa desconta suas emoções na comida, encontrando nela uma válvula de escape”, explica.

Os sinais recorrentes de que as emoções estão em desequilíbrio e a comida gera reconforto, são:
– Comer mesmo quando não está com fome;
– Descontar as situações de estresse na comida;
– Comer para se sentir emocionalmente satisfeito;
– Usar a comida como recompensa.

A Inteligência Emocional é indispensável para manter o foco na reeducação alimentar e reconhecer quais as barreiras emocionais que impedem o emagrecimento saudável. “Faça uma lista com os hábitos que impedem seu processo de emagrecimento e identifique quais as emoções que despertam sua vontade de comer. Para eliminar a fome emocional é preciso traçar novos caminhos para aliviar esses sentimentos sem a comida e encontrar alternativas práticas para acalmar seus sentimentos”, indica Rodrigo.

O reconhecimento dos gatilhos emocionais é essencial para entender a relação comida x fome x saúde, e comprometer-se, como uma meta, gera resultados ainda mais eficazes. “Uma dica é colocar no papel um planejamento do seu processo. Anote qual o peso que você deseja alcançar, determine qual será o prazo necessário para atingi-lo e quais as estratégias que você irá utilizar para chegar no seu peso ideal. O processo de emagrecer leva tempo e, mesmo quando alcançamos a meta, é preciso estar sempre atento com a manutenção dos resultados. Por isso, para alcançar o sucesso, vibre energias positivas: mentalize diariamente como você irá se sentir quando atingir sua meta e comprometa-se a gastar um tempo visualizando você dessa forma”, finaliza.


Rodrigo Fonseca: Comunicador social graduado pela Universidade de São Paulo (USP), presidente e fundador da Sbie – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. É autor do livro “Emoções – a Inteligência Emocional na Prática”, “21 Chaves para Realização Pessoal” e “Inteligência Emocional para Pais”. Membro da International Society for Emotional Intelligence, criador da primeira Formação de Inteligência Emocional do Brasil e da Sbie Academy. Site: http://www.sbie.com.br

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