Como tratar o medo de dirigir após um acidente de trânsito. Algumas pessoas podem sair de um acidente de carro sem nenhum arranhão, mas isso não significa que esteja 100% confortável em voltar ao volante.

Como resultado, alguns motoristas sentem medo de se envolver em outra situação ruim ou ficam ansiosos ao passar pelo local do incidente. Seja qual for a razão pela qual os condutores temem dirigir após um acidente, os resultados podem ser extremamente debilitantes para suas vidas. E para ajudar na superação deste medo, o indicado é se fazer um treinamento que envolva atendimento psicológico e aulas práticas de volante.

Em sua forma inata e sublime, o medo de dirigir existe para protegê-lo. Contudo, quando se transforma em ansiedade e ataques de pânico durante a condução, dificulta o desempenho ao invés de ajudá-lo de alguma forma, limitando as rotinas diárias, como não conduzir ao trabalho, para pegar os filhos na escola ou ir ao mercado. Por este motivo, muitas vezes é necessária ajuda profissional.

O medo de dirigir depois de um acidente de carro é tecnicamente uma forma de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). As pessoas sofrem de TEPT por vários motivos, incluindo acidentes com veículos motorizados. Isto pode ser desencadeado pelo trauma de quase morrer (ou pensar que pode morrer), o receio de ferir os filhos ou apenas a violência do evento em geral. Realmente pode ser causado e desencadeado por uma infinidade de motivos.

No ensinamento, está o trabalho com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), a qual ajuda o paciente a adaptar seus padrões de pensamento indutores de ansiedade em algo mais gerenciável e o educa a também gerenciar as emoções. “Tentamos mostrar para o paciente o que realmente aconteceu, se foi realmente culpa dele, se a percepção que ele tem é real ou se está exagerando, entre outros pontos explica a psicóloga Ester Torres.

Os gestores de aulas práticas acompanham o aluno no carro. Isso o deixa mais seguro, e terá alguém lá para assumir se sentir muito sobrecarregado para dirigir. A empresa ressalta que não se dever ser tão exigente, como um atleta que volta de uma lesão, é preciso voltar à rotina aos poucos. Não evite o local do acidente, mudar a rota ou diminuir a velocidade por se sentir nervoso é contraproducente.

Enquanto alguns conseguem “apagar” o medo, outros tendem a acendê-lo e inflamar com cada incidente que passa. Muitas vezes, há sintomas físicos do medo, como palmas das mãos suadas, tremores ou tonturas, o que os torna ainda mais assustados com a condução, acabando por aumentar a ansiedade e os ataques de pânico durante a condução.

Algumas dicas:

  • Mantenha-se ocupado no momento presente. Olhe para os carros à frente e deixe a respiração fluir;
  • Relaxe testa, olhos e mandíbulas. Você ficará surpreso com quanta tensão desnecessária é construída em torno dessa região. Diga a si mesmo que é bom relaxar os músculos do seu rosto isso não diminuirá a postura, apenas vai equipá-lo com mais consciência e alerta;
  • Role levemente sua cabeça para os dois lados e os ombros no sentido horário e anti-horário. Dobre os ombros para trás e pressione-os um contra o outro. Segure por alguns segundos e relaxe;
  • Conversar com familiares, amigos e outros ouvintes dispostos sobre sua experiência pode ajudar a aliviar o medo e a ansiedade e tirar pensamentos intrusivos da sua cabeça. Para ser construtivo, no entanto, o condutor precisa discutir o evento com ênfase em como você sobreviveu e agora está seguro.

Ester Torres é psicóloga e parceira da Dirigindo Bem, que conta com unidades localizadas em vários estados e é especializada no atendimento a condutores habilitados com medo de dirigir, seja por trauma, falta de prática ao volante, ansiedade, entre outros. www.dirigindobem.com.br

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