Para uma vida feliz: “Se quisermos enfrentar a turbulência atual e ser mais feliz, precisamos começar achando um modo de organizá-la em nossas mentes”.

Até fazermos isso, nos sentiremos impotentes, vítimas de fatos além de nosso controle ou mesmo de nossa compreensão – o autor desta afirmação foi Charles Hardy, em seu livro “Era do Paradoxo: dando um sentido para o futuro”. Ele abordou “9 questões” importantes e paradoxais em nossa vida, que são: a inteligência, o trabalho, a produtividade, o tempo, as riquezas, as empresas, a idade, o indivíduo e a Justiça. Em nosso Post, quatro das 5 Dicas, estão alinhadas e serão complementadas pelos seguintes paradoxos: do Indivíduo, da Justiça, do Tempo e da Inteligência.

01 – Ter equilíbrio pessoal na vida

Nós vivemos numa sociedade paradoxal com relação ao indivíduo, que por um lado ensina e nos incentiva na busca do nosso Eu, nossas melhores potencialidades – e por outro lado as forças do sistema estimulam a busca do sucesso em Equipe (Nós). Esse paradoxo já foi mais bem observado por Jung, que há anos disse que precisamos dos outros para sermos realmente nós mesmos. O “Eu” precisa do “Nós” para ser totalmente “Eu”.

Assim, o equilíbrio pessoal, é uma das primeiras buscas que devemos fazer por meio de alimentação balanceada, exercícios físicos, praticando exercícios aeróbicos, meditação, yoga, artes marciais e outros que tenham na sua base, atividades que trabalhem corpo-mente de maneira equilibrada. É essencial que em meio à turbulência e agitação do mundo moderno e das grandes cidades, consigamos ter momentos pessoais, silenciosos e meditativos.

02 – Viver com disciplina

Aqui há uma relação direta com o paradoxo da Justiça, que diz: “A justiça é um fator de coesão da sociedade. Somos felizes por pertencermos a uma sociedade que nos trata bem, que nos dá o que merecemos e que é imparcial”. Aqui temos um problema realmente grave, se considerarmos o abismo entre uma massa de excluídos socialmente (saúde, alimentação, escola, atividades físicas, cultura, etc…) e a minoria com acesso às leis e a justiça.

Considerando que a disciplina é algo vital ao auto-desenvolvimento pessoal, estamos aqui (no Brasil) com grande problema; pois esta é uma atitude rara – embora muito importante. É um conceito e uma prática não muito popular e difundida na cultura latino-americana em geral, e no Brasil em particular. Um aspecto em que os europeus e demais países do 1° mundo com leis e regras mais severas, uma educação de melhor qualidade e instituições públicas que funcionam; estão mais favorecidos e, por conta disto, há uma cidadania mais consciente, sustentável e, por conta disto, mais progresso.

03 – Gerenciar o tempo

A vida feliz e o uso do tempo é, outra questão paradoxal de Hardy neste mundo agitado. Parece que nunca temos tempo, todavia nunca houveram tantas horas disponíveis. Vivemos mais, perdemos menos tempo para fabricar e fazer coisas à medida que ficamos mais eficientes e deveríamos, portanto, ter mais tempo para viver bem. Porém, tornamos isto estranho e uma arma competitiva ao contrário; pela escravidão à velocidade e ao ganhar cada vez mais.

Será que, se fôssemos sábios, desistiríamos da pressa, da ganância e concederíamos mais tempo para viver, apreciar e olhar a nós mesmo e a nossa família e amigos?
A cronobiologia merece respeito. Essa ciência se baseia na velha noção do “tempo vivo”, diferente do tempo cronológico mostrado pelos nossos relógios. O “tempo vivo” não é linear, ele dá voltas, como a Terra ao redor do seu eixo a cada 24 horas, e ao redor do Sol a cada ano.

Nosso organismo, que muitos sábios do passado definiram como uma “terra em miniatura”, adota um ritmo similar: ele parece ignorar a linha reta, preferindo a roda biológica. Ele flutua e modula tudo aquilo q produz para sobreviver. Em momentos precisos, aumenta a produção de certas secreções hormonais; em outro momento, as faz diminuir. Esses reguladores altos e baixos não são frutos do acaso, afirmam os cronobiologistas.

04 – Ser inteligente com bom modelo mental

A inteligência humana é também algo paradoxal, Charles Hardy diz que: “A inteligência é uma nova forma de propriedade. Infelizmente, segundo o autor, ela não se comporta como qualquer outra forma de propriedade, e aí está o paradoxo. Por exemplo, é impossível dar inteligência por decreto às pessoas e redistribuí-la. Não é possível tomar essa forma de propriedade de alguém. A inteligência se apega a pessoa, sendo inseparável dela”.

Sobre a questão do Modelo Mental, que está intimamente ligada à inteligência pessoal, é importante que se saiba que também há um caráter psicológico e cultural, e que está na cabeça de cada pessoa. E aqui, vale lembrar, o quanto as pessoas são complexas e diferentes nas suas formas de pensar.

Queremos chamar a atenção para questões tangíveis e para 5 aspectos relevantes de bons Modelos Mentais:

  1. Pessoas que tem um sonho, uma visão e estabelecem metas para sua vida;
  2. Pessoas que tem foco e o perseguem;
  3. Pessoas com garra e determinação, em função de suas metas e foco;
  4. Pessoas com alta resiliência, que é a capacidade de suportar frustrações;
  5. Pessoas com muita persistência, constância de propósitos e que não desistem nunca – até obterem o resultado ou o sucesso almejado.

05 – Se comportar com maturidade

A Maturidade é uma característica humana, pessoal, emocional e de fundo psicológico. Mas muito ligada às experiências de vida, as dificuldades enfrentadas e vencidas na infância e adolescência, também estão associadas as lições de família e exemplos positivos vindos do círculo de amizades (país, estado, cidade, bairro e escola).

Conhecemos pessoas de 40 anos imaturas, ao mesmo tempo em que conhecemos jovens de 17 anos com boa maturidade. Logo temos que dissociar a idade da maturidade, são duas coisas diferentes. Esta diferença, fica bastante evidenciada quando avaliamos as atitudes e comportamentos de uma pessoa madura, frente a um grave problema da vida (capacidade de resiliência) – em relação a uma imatura; vemos que há um abismo de atitudes entre elas.

Sergio é engenheiro eletrônico PUC-RS/1979, especialista em Treinamento Profissional (UFRGS/1981), MBA em Gestão Estratégica de Empresas (UFSC-FEPESE/2001) e mestre em Engenharia de Produção / UFSC 2003 – Dissertação / Tema: “Estudo exploratório sobre as práticas gerenciais nas EBTs industriais de base tecnológica da região da Grande Florianópolis à luz da gestão do conhecimento”. Fpolis / Brasil, 108 fls. Atuação profissional de mais de 30 anos atuando em cargos técnicos, de coordenação e em cargos executivos (gestão) em empresas do porte de Cia. Souza Cruz, RBS/Rede Brasil Sul de Comunicação, NTS – Núcleo de Tecnologia de Software, Dígitro Tecnologia, Grupo Specto de Tecnologia, entre outras. Vivência prática com ferramentas e metodologias BSC e de GC (Gestão do Conhecimento), com artigos publicados e coordenação de projetos empresariais e do FINEP. Em 2013 atuei com consultor “Ad Hoc” para avaliação de Projetos da FAPESC. Atuação como professor universitário (SENAC 2005 / 08) e Faculdades Borges de Mendonça (2012). Exemplos de disciplinas ministradas: SENAC: Governança de TI, Sistemas de Informações e Avaliação de Projetos Integradores e BM: TI para Administração e Gestão da Informação & Conhecimento. Autor do Blog: www.escolatrabalhoevida.com.br
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