O mundo corporativo evolui, mas ainda está em processo na compreensão e equilíbrio do custo X benefício no que diz respeito a investimentos em seus funcionários ou colaboradores e a um consenso por qual melhor canal a se utilizar para isso.

Uma das mudanças está na nova nomenclatura. Colaborador é um termo que vem sendo usado pelas empresas, desde os anos 90, como um sinônimo de funcionário. Porém, a mudança se dá para favorecer a atribuição, ao contrário do funcionário, que é aquele que executa uma função, a palavra colaborador possui uma dimensão mais participativa e assim se considera mais esse empregado.

O empreendedor Richard Branson, que aprendeu muito diante de seus fracassos, entendeu que cuidando bem de seus funcionários, eles cuidarão bem de sua empresa. Sendo uma grande vantagem onde uma equipe feliz trabalha melhor e produz mais, significando olhar para todos, desde quem varre o chão até um diretor, todos são importantes e contribuem para o sucesso.

Direcionando para o filósofo Mário Sérgio Cortella, ele diz que a ausência de reconhecimento é a grande causa da atual desmotivação dentro das empresas.

Para a Revista Forbes, uma cultura corporativa de cuidados cria um ambiente de confiança e otimiza para o sucesso. Quando funcionários confiam e se percebem reconhecidos, eles compartilharão com mais liberdade seus insights, levando a melhores planos de mudança e assim se mostrarão dispostos a fazer um trabalho com mais facilidade.

Atualmente, buscamos um olhar de atenção para o capital mais precioso dentro das corporações que é o capital humano. É necessário agir e realizar intervenções através dos dados, entender e ressignificar as necessidades do colaborador em custo e tempo assertivo. É necessário descobrir o que os afeta no ambiente do trabalho e associar às implicações que tem para a empresa.

Proporcionar autoconhecimento e cuidado aos colaboradores gera a possibilidade de mudanças e torna mais acessível o desejado engajamento, motivação e prolongamento do tempo dentro da empresa.

Outros canais utilizados para atingir a valorização são através de benefícios, cursos, opções de lazer com descontos e informações sobre incentivos à qualidade de vida, entre outros. Tratando-se de ser humano, algo acessível e atingível é um gesto de ELOGIO, muitas vezes despercebidos dentro do meio de metas, pressões e resultados, onde o objetivo corporativo passa por cima de um bom diálogo e comunicação entre pessoas. Criar um ambiente favorável às relações interpessoais pode ter um baixo custo e ser benéfico, amenizando e equilibrando despesas X ganhos.

Marcela Eiras Rubio
Graduada em Psicologia pela Universidade São Marcos, Aprimoramento Profissional em Atendimento Interdisciplinar em Geriatria e Gerontologia pelo IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e pós-graduação em Gestão de Pessoas pelo SENAC. Atuações como psicóloga hospitalar no Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch – Mboi Mirim, HGIS (Hospital Geral de Itapecerica da Serra) e HRC (Hospital Regional de Cotia). Atualmente atua como consultora em Recursos Humanos na RHF Talentos – Unidade São Paulo.
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