Está aí uma coisa difícil de fazer, equilibrar a vida profissional e pessoal. É um desafio diário, e sempre haverá algo a ser ajustado, independentemente de seu nível hierárquico. Agora, se você está em início de carreira e deseja ascender para um posto de liderança, essa tarefa será ainda mais complexa.

Uma recente pesquisa da consultoria organizacional Korn Ferry demonstrou que 39% dos profissionais pesquisados dizem que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal poderia ser melhor.

Para alguns, o equilíbrio está em poder trazer o pet para o trabalho, para outros trabalhar remotamente, outros preferem o modelo híbrido e há outros que não vivem sem uma mesa no escritório. Há aqueles que defendem que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal é sobre energia, logo é importante se perguntar se as pessoas com quem você trabalha lhe dão ou tiram a energia.
O fato é que satisfazer funcionários não tem sido tarefa fácil para gestores e profissionais de recursos humanos.

Como as pessoas precisam trabalhar, os funcionários sempre buscarão uma fórmula. Seja pedindo demissão, como ocorreu logo após a pandemia, seja praticando o quiet quitting, que é uma tendência atual mundial, onde funcionários decidem não fazer nada mais do que a descrição do seu cargo, ou seja, diminuem seu engajamento com a empresa em que trabalham, de maneira racional. Segundo a consultoria mundial de comportamento Gallup, no segundo trimestre de 2022, nos Estados Unidos, a proporção de trabalhadores engajados manteve-se em 32%, mas a proporção de desengajados aumentou para 18%. Este fenômeno também tem sido observado por muitos consultores e gestores no Brasil.

Mas o que fazer para aumentar o engajamento do funcionário?

Segundo a própria Gallup, o primeiro passo a tomar seria resolver a questão do engajamento do gerente ou do corpo diretivo. Atualmente muitos gerentes não estão adaptados ao modelo de trabalho híbrido, e não conseguem conduzir conversas e reuniões produtivas neste novo ambiente. E, por outro lado, sua insegurança faz com que não consigam tratar seu time como indivíduos – sua situação de vida, pontos fortes e objetivos. A consultoria mundial ainda sugere que o melhor hábito para gerentes de sucesso é ter uma conversa individual semanal com cada membro da equipe – 15 a 30 minutos.

Um outro ponto que deveria ser revisado é a questão da remuneração direta e indireta, seja em tempos de pós pandemia, ou antes dela, a remuneração sempre pode ser revista. Há sempre aquela discussão de que remuneração não gera motivação, mas cá para nós, é claro que gera. Receber uma remuneração de acordo com sua função eleva a possibilidade de engajamento. Aqui cada empresa deve buscar a melhor composição, o salário em si, ou a remuneração indireta através de cursos, ou uma semana de quatro dias, como algumas empresas têm adotado.

Independentemente do tipo de produto ou serviço oferecido por sua empresa, é através da cultura e do engajamento que os funcionários estarão motivados a exercer melhor o papel para o qual foram designados. Estar atento ao que faz diferença para seu time é parte fundamental para a superação de metas e resultados.

Executiva do mercado de tecnologia, esposa, mãe de gêmeos, amante de uma boa conversa e um bom vinho. Em sua trajetória profissional trabalhou para as maiores empresas de tecnologia do mundo, onde teve a oportunidade de interagir com profissionais de diferentes culturas, o que moldou sua visão de gestão. Pós-graduada em marketing, formação de diretores pelo IESE/ISE, curso livre no INSPER, inúmeros cursos online e buscando os próximos. Estudar e colocar em prática é sua paixão. Sempre acreditou no poder do estudo e no trabalho para fortalecer e transformar o indivíduo. Você pode encontrá-la nas redes sociais como @glaumaurano.
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