Em tempos de muitos discursos, entrevistas e muita oratória, uma discussão que fica no ar é sobre profissionalismo. Nas próximas semanas, veremos tratamentos que nos desagradam, que se reproduzirão com maior frequência do que gostaríamos para o mundo que buscamos.
Esse tratamento ríspido e ácido nada tem a ver com o interlocutor, ele tem a ver com que profere as palavras ou as atitudes. Em outras palavras, nas empresas ele tem a ver com o profissional.
Não importa para qual empresa se trabalhe, ou quanto tempo aquela pessoa tenha de experiência, um profissional sério e honrado é comprometido, independentemente de seu interlocutor. Adaptar a forma de comunicar será sempre necessário, mas o que não é necessário é deixar de lado o profissionalismo.
O profissionalismo não depende de sua motivação, ele depende de seus valores e de sua postura.
É claro que temos altos e baixos, há dias em que a única coisa que queremos é voltar para casa em segurança, finalizar o dia de preferência com uma comidinha confortável e um vinho (por que não!?), descansar, e esperar que o dia seguinte seja melhor. Todos nós temos esses dias, e ainda assim, o profissionalismo é que te faz reconhecer que é momento de tirar o time de campo momentaneamente.
Mas o que é ser profissional?
Certamente essa condição não é definida por seu status ou pelo cargo que você ocupa. Absolutamente!
O bom profissional é aquele que diz “como” e não somente o “o que”. Ele detecta a necessidade, busca recursos, une a equipe e executa o que deve ser executado para que se chegue ao objetivo. Trabalha de forma incansável e não deixa o projeto pela metade, entrega resultados. Qual resultado? O melhor que estiver ao seu alcance, com os recursos que pode reunir.
A definição de um bom profissional no mercado atual está muito mais relacionada com garra do que com cargo. Sim, houve um tempo em que se relacionava ascensão profissional com profissionalismo. Não é mais assim, ainda bem. O bom profissional é aquele que corre atrás, que quer chegar lá. Você já deve ter visto muitos executivos que chegam lá e acham que não têm mais que fazer nada, não têm que se envolver, apenas “mandar”. Não, esse não é o bom profissional.
O bom profissional é aquele que está junto, que se compromete e que sabe executar, ainda que possa delegar, ele sabe fazer e claro, aperfeiçoa sua técnica à medida que se alimenta da escuta ativa e verdadeira das pessoas que o cercam. Como dizem popularmente “que faz e acontece”, que “levanta a poeira, sacode e dá a volta por cima”. Ainda que haja dias em que as voltas são mais compridas para se chegar ao que se busca, ele chega lá com garra.
O bom profissional é aquele que quer ser melhor que ele mesmo, todos os dias.
Como diz Jordan Peterson: “Não se compare com outras pessoas; compare-se com quem você era ontem.”
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