Hoje quero falar para os apaixonados. Quero dizer que coração de um homem nas mãos de uma mulher que sabe amar, é como um ribeiro serpenteando por verdejantes e calmas campinas, e passando incólume, pelas margens nem sempre tão bonitas.

Puxa, como gosto de comparar o amor com um rio. Cecília Meirelles a nos dizer que… “somos como um rio que flui e deflui…”. Eu a dizer que o amor, assim como um rio, às vezes enfrenta correntezas, desaba algumas vezes em quedas d’água; mas de contrapartida em outras, é calmo como um espelho. Por vezes, seu leito é profundo, por vezes espraiado.

Mas uma coisa é sempre constante, ele não para jamais pelo meio do caminho. Sua meta é seguir em frente, custe o que custar, doa a quem doer… se parar, cria limbo… são como as pedras que não rolam… Sua meta de chegada é o mar… aquele marzão lindo, que o aceita e o acolhe sem restrições! A gente nunca mergulha duas vezes no mesmo rio. Ele é sempre outro, mesmo que voltemos à mesma ponte… Outra é a água… Outros somos nós!

Quem não entende essa mudança, perde-se pelo meio do caminho. Não há receita para ser feliz no amor. Por isso tantos náufragos morrendo perto da praia. Todavia, há uma simplicidade no amor, que só os que a descobrem chegam lá. O amor é difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados! Mas, os vencedores no amor são os fortes. Os que sabem o que querem e querem o que têm!

Sonhar um sonho a dois, e nunca desistir da busca de ser feliz, é para poucos! “Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar…”, diz a canção. É preciso buscar com os olhos do coração, sem a certeza das possibilidades e sem medo das incertezas das impossibilidades. Nunca ter medo de machucar o coração, porque coração machucado cicatriza, mas coração vazio, não tem jeito!

Amantes, o caminhar é pra frente, e a caminhada torna-se leve quando feita com cumplicidade, a dois. Demonstrar à pessoa amada a imensidão do seu amor, é sabedoria, não fraqueza. Começar de novo, sempre que preciso, É não desistir de ser feliz !!

Ercília Pollice
Ercília Ferraz de Arruda Pollice reside em Campinas, é formada em Letras pela USC – Bauru, bacharel em Literatura Portuguesa. Escritora, conta com 10 livros publicados, entre eles livros infantis e juvenis, além de inúmeras crônicas e poemas. Integra a Academia Campineira de Letras e Artes e Academia Bauruense de Letras. Foi indicada para o Prêmio Jabuti pela autoria do livro infanto–juvenil “Só, de vez em quando” da Editora FTD. Ercília também é artista plástica catalogada no Cat. Júlio Lousada. Aquarelista, já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas em diversos salões e galerias, inclusive em Paris. Alegre, de bem com a vida, adora relacionar-se. Sua preferência é escrever sobre relacionamentos em todas as áreas e níveis. Também tem uma queda por comentar fatos políticos e suas implicações, sempre com bom humor e alguma ironia. Poeta, fala só do amor. Quando escreve faz pinturas de palavras, sua arma maior. Quando pinta faz poemas de cores. Tem 3 filhos, escreveu vários livros e já plantou centenas de árvores. Agora, é desfrutar os bons momentos que a vida sempre oferece àqueles que tem olhos e ouvidos para ouvir e entender estrelas.
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