Ipicilone da Tieta do Agreste

Sei lá porque apanhei Tieta do Agreste da estante e comecei a reler. E daí, para parar, é difícil até para quem sabe a história de cor. Mas, de novo um incidente: esqueci que no meio do romance do Jorge Amado havia o tal do ipicilone, o simples e o duplo, e mais uma vez encasquetei com o enigma.

Para quem não sabe, Tieta, a personagem principal da obra, pratica o ipicilone com desenvoltura, o simples e o duplo, não vou dizer com quem para não desvendar a trama e, também, para quem não sabe, o ipicilone, segundo o narrador, é uma das melhores e mais fantásticas posições sexuais entre o “a” e o “z”, gozo certo, festivo e prolongado.

Não pretendo desapontar vocês, mas não encontrei explicação, desenho ou descrição do ipicilone na internet e não disponho do Kamasutra.

O que há é muito chute. Uns dizem que é o popular sexo oral quando só um executa (o ipicilone simples), ou o famoso 69, o ipicilone duplo.

Acho que não, se fosse Jorge Amado teria dito com todas as letras. E assim fiquei um tempão matutando como seria a coisa mas, na dúvida, resolvi não inventar: vai que me acometa um torcicolo ou uma luxação das brabas, aí nem papai-mamãe e muito menos o ipicilone.

Agora, se você leitor ou leitora tiver algum conhecimento, não hesite, envie sua dica, ficaremos gratos.

Também, na próxima crônica, numa entrevista encontrada ao acaso, contarei o que Jorge Amado disse a respeito do assunto.

Enquanto isso, pratiquem. Se não chegarem ao ipicilone pelo menos vão decorar boa parte do alfabeto.