Bem diferentes quanto ao momento econômico, Inglaterra e Brasil, são muito parecidas quanto a gestão de pessoas. Este artigo da London Business School comenta a necessidade de as empresas reterem seus talentos e principalmente desenvolverem os talentos das novas gerações.

Também apresentam dicas para alcançar este objetivo. (No final da página você encontra o link do estudo)

Este artigo nos faz refletir sobre alguns aspectos que afetam o mercado de trabalho, os resultados das empresas e estão diretamente ligados a como cada corporação vê o seu capital humano.

Embora, hoje no Brasil, estejamos passando por um período de restrição de empregos e vendo uma modificação absurda na estrutura das empresas, com o enxugamento de posições e a sobrecarga de atividades destinadas à cada cargo, temos que preservar talentos e investir nos novos.

Quando analisamos o mapa das empresas vemos que a maioria dos seus funcionários são da chamada geração Milenniun ou geração do milênio, por volta de 35%. A geração X, hoje entre 37 a 52 anos vem logo atrás, mas à medida que a economia aperta são eles que saem do mercado de trabalho oficial e passam a procurar outras formas de garantir sua renda mensal. Sem falar dos profissionais sem alta qualificação, que sofrem ainda mais as consequências desta crise.

Não refletir sobre os benefícios como: exemplo, fidelidade, responsabilidade e comprometimento, e não reter seus principais talentos da geração X e Baby Boomers (25%, acima de 53 anos) pode acarretar perdas; com custos de indenizações vultuosas, muito investimento em treinamentos, tempo de desenvolvimento e adequação à cultura da empresa. E no caso da área comercial ainda existe o risco da perda de market share, até que o novo colaborador esteja realmente apto a exercer a função.

Temos que pensar que nossa economia está mudando e que reter talentos hoje, permite que as empresas não tenham grandes perdas amanhã. Não somos a Inglaterra, mas temos um mercado e uma população enormes e vamos precisar de profissionais experientes em breve. O investimento das empresas em desenvolvimento de pessoas e na melhoria da qualidade do ambiente de trabalho, é antes de mais nada um exercício de preservação e expansão de mercado. A mistura de gerações é enriquecedora em todos os sentidos; sendo que, frescor, inovação, libertação de preconceitos, agilidade, etc., podem ser estimulados e bem direcionados pela real experiência de profissionais mais maduros.

Em 10 anos toda uma geração com experiências únicas do ponto de vista humano, que souberam lidar com dificuldades, manter o equilíbrio, administrar crises, conciliar conflitos, já não estarão em cargos de gestão. Isto deveria ser uma preocupação das empresas, são lições que a geração Y ou milleniun e a nova geração Z talvez não tenham tempo para aprender.

Enfim, temos que olhar para o futuro, mas também temos que refletir sobre o passado, aproveitando e multiplicando o que realmente fizemos de bom. Afinal nenhuma grande empresa chegou aonde chegou do nada, não é mesmo!

https://www.london.edu/lbsr/rethinking-recruitment

Adriana Vieira, esposa, mãe, consultora, facilitadora e sócia da Move2Up, empresa especializada em treinamento e desenvolvimento humano, com foco em formação profissional, resultados e qualidade de vida. Formada em Propaganda e Marketing pela FMU, Aprendizagem e Gestão do Conhecimento - FGV e agora uma aluna de pós-graduação em neurociências da Santa Casa de São Paulo, afora outros tantos cursos de especialização. Com 28 anos em grandes empresas da indústria farmacêutica, a maior parte deles, se dedicando ao desenvolvimento e preparação de profissionais que hoje ocupam posições de destaque nas empresas que atuam. Seu lema é “O impossível não existe, só depende de nós!”
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