Como criar um cantinho verde no seu ambiente de trabalho ou em casa. Algumas dicas de como escolher as plantas que serão colocadas em cada espaço e os cuidados que elas exigem.

Em casa ou no trabalho, plantas e flores são sempre bem-vindas. “Além de incrementar a decoração e levar referências de natureza ao espaço, elas proporcionam uma sensação de aconchego”, explica a arquiteta Laura Lopes. No ambiente profissional, elas também têm suas vantagens. Uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, mostrou que escritórios com espaços verdes conseguem aumentar em 15% a produtividade do funcionário. Por isso, seja no lar ou no trabalho, apostar num canto com plantas e flores é sinônimo de benefícios e sucesso. E, o melhor, não é preciso investir muito para isso.

A dica inicial é analisar o espaço que você irá usar para montar o cantinho verde. “Será na varanda? Perto de uma janela? Bate vento? O local tem ar-condicionado? Há incidência de luz solar?”, enumera Laura. Isso vai ajudar a escolher o melhor tipo de planta para colocar em cada ambiente, de acordo com a que se adapta melhor às condições do local.

No trabalho

“No escritório, por exemplo, é aconselhável evitar plantas que demandem muito cuidado. A dica é apostar naquelas mais resistentes e que não precisam de muita luz”, explica a arquiteta. Lembre-se que, por conta do ar-condicionado, a escolha tem de ser por espécies que retêm mais a água, já que a climatização tira a umidade do ar. “Opte por suculentas, cactos, espada-de-são-jorge, ciclanto, cróton e palmeira-leque”.

Em casa

As orquídeas, em geral, são flores que são fáceis de se cuidar e se adaptam a diferentes ambientes, além de serem lindas. “São plantas que não demandam muita atenção, nem precisam ser regadas com muita frequência”. Se não quiser ter trabalho ou não tiver tempo para se dedicar à área verde, além das orquídeas, vale apostar também nas suculentas, bromélias, samambaia, árvore da felicidade ou beijinho – também conhecida como maria-sem-vergonha.

Uma dica é usar vasos de chão ou cachepots bonitos enfeitando bancadas, estantes e mesas. “São opções práticas, porque quando está sem flor ou a folhagem está feia, basta retirar do ambiente e colocar em uma área separada da casa”.

Quem é mais antenado às tendências de arquitetura e decoração pode apostar nos jardins verticais, que estão em alta. Mas atenção: o cuidado tem de ser redobrado. “Você pode colocar uma tela para pendurar os vasos ou então colocá-los diretamente na parede”. “Agora, se o espaço for muito grande, você terá que ter um sistema de irrigação automático. Num espaço menor, é só colocar em vasos separados, pendurados lado a lado”.

Para montar um jardim vertical é importante pensar no movimento, nas cores e nas texturas. “As samambaias, por exemplo, são ótimas para isso. Além de serem fáceis de cuidar e baratas”, afirma. Outras opções são chifre-de-veado, ripsális, peperomia columeias e barba-de-serpente. “Para que o jardim vertical fique bonito, compre as plantas já no tamanho adequado, não espere elas crescerem. E prepare-se para a manutenção”. Quando a planta ficar feia, com a folhagem seca, substitua os vasos. Coloque uma planta da mesma espécie e que esteja bonita no lugar. Só assim o jardim vertical ficará sempre em ordem.

Uma outra solução é apostar nas plantas artificiais. Hoje, já existem técnicas de preservação de flores naturais que ficam exatamente iguais. Funcionam bem para que os jardins verticais fiquem sempre bonitos e para quem não quer ter trabalho com a constante manutenção.

Já para quem quiser montar o jardim na área externa, com os paletes expostos nas paredes, o importante é ficar atento à escolha dos cachepots e à simetria de onde os vasos serão colocados, para garantir um espaço bonito.

Um truque para dar um ar de natureza a ambientes sem sol ou ventilação: colocar quadros com imagens de folhas na parede ou prateleiras. “Para criar harmonia, escolha mais de um quadro com folhas diferentes e coloque-os juntos”.


Laura Lopes é arquiteta e sócia da Arqsol, empresa familiar especializada em arquitetura bioclimática com sede em Belo Horizonte (MG). Formada pela Universidade FUMEC, de Belo Horizonte, morou e trabalhou na Espanha por cerca de três anos, em um escritório de arquitetura voltado a casas de luxo, por isso atua mais especificamente nesse segmento dentro da Arqsol. Após fazer um curso voltado para a redução do consumo de energia, defende a necessidade de obras mais conscientes e com responsabilidade ambiental.

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