Não é de hoje que a lipoaspiração é o procedimento mais pedido pelas mulheres nos consultórios de cirurgia plástica. O número de cirurgias plásticas no Brasil cresce a cada ano, um levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) aponta que em comparação ao ano de 2014, quando o último documento foi publicado, as intervenções para fins reconstrutores ou puramente estéticos avançaram 23% e 8%, respectivamente.

A lipoaspiração, procedimento mais procurado, consiste na aspiração de gordura através de cânulas. A cirurgia é indicada em qualquer parte do corpo que tenha gordura localizada. É mais comum no abdômen, na região dorsal, coxas, costas, lateral das mamas, braços e no submento (papada). Ela é classificada em pequena, média ou grande, que varia segundo a quantidade de gordura retirada e partes do corpo abordadas.

Muito importante alertar que a lipoaspiração não deve ser vista como um tratamento para obesidade. O que muitas pessoas não sabem, é que ela é mais indicada para modelar o corpo e não para emagrecer. O volume lipoaspirado deve ser no máximo de 5 a 7% do peso do paciente.

A cirurgia plástica está em constante evolução e hoje vários tipos de lipoaspiração podem ser indicados. O Dr. André Collaneri, alerta que o tipo de lipoaspiração não deve ser escolhido apenas pelo paciente. Cada caso, cada formato de corpo e resultado pretendido é que irão determinar o procedimento que será feito no paciente. O Especialista reforça e importância de operar com especialista e em hospital, para mais segurança.

Lipoescultura: parte da gordura aspirada é enxertada em outra parte do corpo (glúteos, depressões e vincos da face) visando um preenchimento dessa área.

Vibrolipoaspiração: realizada a partir de um aparelho que faz a cânula vibrar, facilitando a penetração na gordura, sendo menos traumática, com menor dor pós-operatória e menor sangramento e hematomas.

Lipoaspiração ultrassônica: na primeira fase da cirurgia se insere uma cânula com ponta de ultrassom, que visa liquefazer a gordura. Em seguida, faz-se a lipoaspiração tradicional para aspirar a gordura liquefeita e a gordura que também não foi liquefeita. Assim como a vibrolipoaspiração, também apresenta menor trauma e menor sangramento. O aquecimento da pele ao derreter a gordura, leva à melhor retração da pele.

Lipoaspiração a laser: é parecida com a ultrassônica, mas com o laser no lugar no ultrassom. A grande vantagem é uma maior retração da pele, se comparada à lipoaspiração sem laser.

Hidrolipoclasia: é um procedimento sem cânula, no qual se injeta soro fisiológico ou água destilada na gordura e depois se realiza ultrassom externo, visando liquefazer a gordura.

HLPA: conhecida também como hidrolipo aspirativa, é a associação da hidrolipoclasia e a lipoaspiração tradicional ou vibrolipoaspiração. Ela é menos dolorosa por causa da ação anti-inflamatória e analgésica do ultrassom.

Minilipo: é uma lipoaspiração pequena, apenas com anestesia local, realizada por partes, com volume menor lipoaspirado.

Lipo Tumescente: é um codinome diferente para a mesma coisa (minilipo, lipo-light). Em todos os tipos de lipoaspiração se injeta anestésico, soro fisiológico e adrenalina, ou seja, toda lipo é tumescente.


Dr. André Collaneri, cirurgião plástico é especialista e membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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