De acordo com o filósofo e pesquisador Rodrigo Queiroz, toda pessoa nasce com potencial de se tornar médium e para desenvolver essa mediunidade é preciso estimulá-la, assim como os outros sentidos sensoriais. No caso da umbanda, por exemplo, a principal mediunidade é a incorporação dos guias, como Caboclo, Pombagira, Preto Velho, entre outros.
Diferente do espiritismo, que surgiu a partir dos estudos teóricos de Allan Kardec, a umbanda foi originada na prática, sem que houvesse um aprimoramento teórico. Somente nos últimos anos foram iniciadas pesquisas para suprir esta lacuna na história da religião, das quais decorre Mediunidade na Umbanda.
Rodrigo apresenta no título publicado pela editora Citadel os fundamentos da prática, o desenvolvimento dos médiuns de terreiro como também os métodos de desenvolvimento mediúnicos. Conforme o autor, médium ativo desde 1996, existem cinco passos essenciais para que o umbandista tenha uma mediunidade sólida e saudável, e o primeiro deles é estudar a própria religião.
O médium […] é o indivíduo que tem capacidade de intermediação com outras realidades e vibrações diferentes da realidade vivida por nós neste plano terrestre.
Essas capacidades podem ser sutis ou não; assim como podem ser comuns a algumas pessoas e a outras, não.
(Mediunidade na Umbanda, pg. 33)
Crítico a algumas tradições que sacerdotes mais antigos costumam seguir, Rodrigo Queiroz acredita que estudar os fundamentos da umbanda pode contribuir para aproximar ainda mais as pessoas do terreiro. “Ao desenvolver a mediunidade, para que ela seja direcionada da melhor forma, o indivíduo se resolve, conhece a si mesmo e encontra, a partir desse fato, um caminho espiritual para a sua vida,” explica.
Há mais de 15 anos dedicado à religião, Rodrigo Queiroz é escritor, pesquisador, professor, fundador e presidente do Instituto Cultural Aruanda, criador e diretor da plataforma de educação online Umbanda EAD. Além do livro “Mediunidade na Umbanda”, é também autor do livro “Exu do Ouro” (2017).
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