As belíssimas cachoeiras e fauna diversa de Abelardo Luz, oeste de Santa Catarina, sempre foram alento para Amara, protagonista de uma vida sofrida relatada no lançamento Quedas da Alma. A ficção, assinada pela autora Nilva Tânia Facco, é um convite aos leitores refletirem sobre os limites do equilíbrio humano em situações injustas da vida.
Banhada pelo Rio Chapecó, a encantadora cidade catarinense esconde histórias de culpa, medo, ódio e sede de vingança. A jovem Amara, nascida e criada na região, teve de lidar com injustiças desde muito cedo; foi humilhada, vítima de preconceito de classe, de tentativa de estupro, testemunha ocular do homicídio do pai e lidou com o descaso das autoridades quando denunciou casos de pedofilia.
Diante de tanta dor e tragédias, se viu obrigada a escolher: fazer justiça com as próprias mãos ou perdoar e esperar que o universo se encarregasse das consequências. As decisões tomadas pela protagonista guiam o enredo em uma sucessão de reviravoltas, que evidenciam um sério debate sobre vingança e lei do retorno.
Era culpada também? E Samir? Queria que ele fosse condenado
e pagasse pela morte de seu pai. A mãe de Amara era uma mulher
experiente, profunda conhecedora da filha, apesar de ter acreditado
em suas palavras, dado amor, carinho e conforto, foi insuficiente para
aplacar o desejo de vingança da jovem. (Quedas da alma, pág. 27)
Ao longo da trama, Amara descobre que escolhas erradas podem resultar em mais sangue derramado, segredos e sofrimento. No fim, em meio à sociedade desajustada da qual fazia parte, aprendeu que jamais poderia perder a fé.
Guiada por grandes nomes femininos da literatura, como Clarice Lispector, Collen Hoover e Lucinda Riley, a escritora catarinense Nilva Tânia Facco traz no lançamento um viés de espiritualidade, que se confunde com a ciência, quando afirma que “toda ação tem uma reação”.
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