A ideia de que o ascendente predomina após os 30 anos e passa a ter mais força que o signo solar se popularizou e se tornou uma das grandes dúvidas astrológicas, mas será que a verdade?
Segundo a astróloga Yara Vieira, do ponto de vista astrológico, entende-se que adquirimos mais maturidade para integrar melhor as potencialidades e desafios que existem em nosso Mapa Astral. Ou seja, você tende a lidar de forma mais harmoniosa com todos os traços da sua personalidade, a partir das experiências que viveu nos primeiros 30 anos de vida.
“Esse amadurecimento tende a acontecer nesse período da vida por alguns motivos, mas o principal e mais conhecido deles é o retorno de Saturno” pontua Yara.
Como o ascendente influencia na vida
A Roda do Zodíaco (espaço que contém os 12 signos) pode ser entendida como um anel imaginário que existe em torno do Sistema Solar. O posicionamento deste anel é fixo, mas todos os planetas e estrelas se movimentam dentro dele.
Dessa forma, o Mapa Astral é formulado de acordo com o posicionamento dos astros no zodíaco no exato momento do nascimento. O signo em que estiver o Sol posicionado nesta hora se torna o nosso signo solar, aquele que influencia sua essência e energia vital.
O signo ascendente, por sua vez, se refere à constelação que estava ascendendo no horizonte leste no momento do nascimento, do ponto de vista da Terra. Acredita-se que esse signo fala sobre as circunstâncias do nascimento de uma pessoa, trazendo informações sobre o contexto e imagem do seu futuro.
O posicionamento do ascendente se refere à casa 1 do Mapa Astral, ao ponto de partida para vivenciar as experiências que o mundo pode proporcionar. Por isso, o ascendente é relacionado à primeira impressão que temos de alguém, já que a forma como uma pessoa chega ao mundo interfere diretamente à ideia que é criada sobre ele.
Essa casa astrológica indica como aconteceu o primeiro contato com o mundo e qual será a postura frente às coisas externas. O temperamento, a complexidade física, as crenças e automatismos são influenciados pelo signo ascendente de cada um.
O amadurecimento
Ao longo da vida, as pessoas são direcionadas a viver experiências que as fazem enxergar a necessidade de desenvolver melhor algumas crenças, visões de mundo e valores, para equilibrar os traços extremistas da personalidade – é isso que significa “integrar as energias do Mapa Astral”.
Esse processo direciona ao autoconhecimento e, conhecendo todas as facetas da personalidade, torna-se possível criar uma relação harmoniosa com todos os potenciais (construtivos ou destrutivos) que existem dentro de todos nós.
Quando, finalmente, as pessoas conseguem integrar as energias despertadas pela influência dos 12 signos do Mapa Astral, a imagem que passa para o mundo passa a ser mais alinhada com a real essência de cada um. Por isso, algumas pessoas acabam acreditando que o ascendente se torna predominante em torno dos 30 anos.
O retorno de Saturno
Saturno, considerado como o deus do tempo ou o grande sábio, é um planeta de trânsito lento, que demora cerca de 29 anos para dar a volta em torno do Sol. Isso significa que, em meados da época em que fazemos 30 anos, Saturno volta ao ponto em que estava no exato momento do nascimento – por isso esse fenômeno se chama “retorno de Saturno”.
Apesar de ser relacionado à sabedoria, ao conhecimento e à racionalidade, Saturno é visto como um planeta “maléfico” pela Astrologia. Isso acontece porque, para que haja ampliação de consciência e, assim, possamos atingir um “nível” mais elevado de sabedoria, é necessário passar por processos intensos de desconstrução, e isso gera sofrimento.
É parte da natureza humana evitar e minimizar tudo aqui que gera dor e tristeza, afinal, as pessoas estão sempre buscando a maior dose de prazer possível em tudo o que fazem – e fazer “obrigações” desagradáveis sempre é um dos maiores motivos de estresse no dia a dia.
“É importante perceber que todo esse processo de evolução depende unicamente de você – a construção da sua visão de mundo e o autoconhecimento dependem da disponibilidade de cada um para encarar suas sombras e, assim, integrar os mais diversos traços da personalidade” conclui.
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