Ela vem se consolidando como uma ferramenta de autoconhecimento. A astrologia rege a vida de alguns, e vem conquistando um maior número de pessoas que buscam informações sobre seu mapa astral, e como ele vai influenciar em áreas importantes da sua vida. Porém um conceito ainda persiste no senso comum: o inferno astral.
O inferno astral é conhecido principalmente por ser o período anterior ao mês do aniversário, geralmente marcado por acontecimentos negativos. Brigas com pessoas queridas, perdas de oportunidades no trabalho, confusões em casa são bem comuns nesse período.
A astóloga Claudia Lisboa afirma que o céu muda constantemente, por isso não é possível determinar um mês específico que seja mais desafiador para uma pessoa.
“A maneira que o céu está no período em que antecede o aniversário muda todo ano, já que existem diferentes trânsitos e progressões astrais que nunca são iguais. O céu não se repete, está sempre se modificando. Por isso, essa história de que o mês anterior ao aniversário será sempre negativo e com problemas não faz sentido”, afirma.
Surgimento do “inferno astral”
Na verdade, o inferno astral apesar de negado pela astrologia, é considerado um fato para muitos. O período em questão fala sobre o final de um ciclo, logo antes do aniversário, considerado o próprio ano novo de alguém. Por isso, pode ser um momento de maior cansaço, com grande gasto de energia.
“Sabe como dezembro, no final do ano, é geralmente uma época de fechar contas, fazer balanços dos acontecimentos? Esse mês, anterior ao aniversário, tem funcionamento semelhante”, aponta a astróloga.
As casas astrológicas ajudam a entender o surgimento deste mito. Desde o momento em que a pessoa nasce, o Sol passa mensalmente por alguma casa do mapa astral, até completar a volta, quando ocorre a chamada Revolução Solar – ou seja, o aniversário.
Sendo assim, a Casa 12 se refere ao mês anterior à comemoração, e pode ser um posicionamento associado a temas desafiadores, como espiritualidade e medos ocultos. Por isso, também diz respeito a reflexões e questionamentos internos. “Não existe inferno astral nesse período. Nós é que vamos com pressa e acabamos sem tempo de refletir, o que pode pesar durante o momento”, afirma Claudia. Para compreender melhor o processo, é preciso buscar informações sobre a própria Revolução Solar.
O que é a Revolução Solar?
Claudia exp-lica que quando se completa mais um ano de vida, ocorre a Revolução Solar, ou seja, o momento em que o Sol retorna para a mesma posição em que estava quando a pessoa nasceu. Isso pode acontecer em diferentes horários do dia, não necessariamente o minuto exato que consta na certidão de nascimento. O céu apresenta todos os anos, diferentes trânsitos e progressões que podem indicar desafios e evoluções específicas. A todo momento, planetas e astros alteram suas posições, trazendo novas influências sobre os humanos.
Portanto, uma leitura de mapa focada na Revolução Solar irá abordar tendências e compreender oportunidades que aqueles próximos 12 meses podem trazer para a pessoa, baseando-se no posicionamento dos astros no período que está por vir. A profissional aponta que é importante também avaliar, no ano seguinte, se a pessoa conseguiu cumprir suas missões, já que não há mais tempo para realizar todas as pendências.
Na leitura, é preciso levar em conta também o mapa astral natal (uma espécie de retrato do céu no exato momento do nascimento) de cada um, uma vez que esses movimentos são sentidos de maneira individual. Esse mapa fala sobre traços de personalidade, aspectos físicos, manias e dificuldades que cada pessoa pode apresentar ao longo da vida. Por isso, não se altera com o passar do tempo.
Dicas para lidar com o momento
As semanas anteriores à Revolução Solar implicam o recomeço de ciclo e não precisam ser necessariamente negativas. Existem práticas específicas que podem tornar o período mais fácil, a fim de auxiliar a chegada do próximo ano. “Esse momento, que ocorre durante o mês anterior ao aniversário, deveria ser vivido de uma maneira mais recolhida. É uma época de pisar mais leve, ficar mais quieto e refletir sobre o que se viveu, além de pensar no que se quer para essa próxima etapa da vida”, indica a astróloga.
Para isso, é válido listar em um papel pontos negativos e positivos, além de traçar o que pode ser mudado. A pessoa ainda pode fazer uma lista específica com suas principais metas e meios de alcançá-las. “Então, dentro do possível, nesse mês que antecede o aniversário, a pessoa deve baixar o ritmo e poupar energia. Se recolher no fechamento do ciclo, para, no pós-aniversário, correr atrás dos propósitos do ano. Quando falamos desse mês, essa noção é bem mais pertinente do que reduzir o momento a um inferno astral”, conclui Claudia Lisboa.
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