Vaginite Atrófica: que a menopausa chega para todas, isso é fato. Mas, para a maioria das mulheres, junto com ela aparecem sintomas nada agradáveis, como os calorões e a atrofia gradual de todos os órgãos que dependem do estrogênio, como a pele, o órgão sexual e toda a região genitourinária formada pela bexiga, uretra e a vagina.
A ginecologista Dra. Marisa Patriarca, explica que para algumas sortudas, os sintomas da menopausa chegam de forma pouco agressivos e essa fase é encarada de forma tranquila. Para outras nem tanto e chega a comprometer a qualidade de vida e a sexualidade.
Na menopausa, os ovários deixam de produzir o estrogênio, hormônio feminino que ajuda na manutenção de uma vagina saudável que, menos lubrificada, tornam as relações sexuais desconfortáveis. Pode ocorrer também incontinência e infecções urinárias recorrentes.
Amenizar a atrofia urogenital é imprescindível para evitar problemas secundários, como a infecção urinária por exemplo. O tratamento para a atrofia é o uso dos hormônios, por meio de medicações ou de creme local, mas nem todas podem usar o hormônio por conta do risco de câncer e outras doenças.
Tratamento
O laser é a abordagem mais moderna para todo tipo de paciente, pois restaura a parede vaginal. Minimamente invasivo, ele estimula a promoção de colágeno na região, melhora a lubrificação, restaura a flora vaginal adequada com resultados a curtíssimo prazo. Para as pacientes que não podem ou não querem a reposição hormonal, o laser é o tratamento mais indicado. Pode ser realizado ainda para aquelas em que a reposição do estrogênio não surtiu os efeitos desejados para a qualidade de vida sexual e para sintomas genitourinários persistentes apesar da terapia hormonal.
Os 7 principais sintomas da atrofia vaginal
- Presença de secura vaginal
- Sensação de ardor ou queimação, principalmente às relações sexuais
- Corrimento anormal
- Coceira
- Incontinência urinária, urgência urinária
- Dor durante a relação sexual
- Sintomas de infecção urinária, que podem estar relacionados
A visita regular ao ginecologista é fundamental para prevenir e identificar qualquer anomalia logo no início do climatério, além disso o profissional pode levar mais tranquilidade num momento de muitas oscilações e promover a melhora de sintomas que incomodam muito como os fogachos, que são os calores intensos e constantes que passam cerca de 80 % das mulheres.
Dra. Marisa Patriarca é ginecologista e obstetra e chefe do setor de climatério do Hospital do Servidor Público Estadual. É professora de ginecologia do curso de pós-graduação da Unifesp. Mestrada e doutorada pela Unifesp. É médica assistente, doutora e coordenadora do Setor Multidisciplinar de Pesquisa em Patologia da pele feminina do Departamento de Ginecologia da Unifesp. Chefe do Setor de Climatério do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE).
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1 Comentário
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