Mesmo quem frequentou direitinho as aulas de biologia na escola ou que se vê como pessoa bem informada pode ter caído na armadilha de acreditar em algum desses seis mitos sobre o sexo.

Veja o que a ciência tem a dizer sobre eles:

  1. A vagina torna-se larga se a mulher faz muito sexo

Não há evidências de que a penetração cause mudanças permanentes no tamanho, formato ou cor de uma vagina. A médica Sari Locker explica em seu blog sobre educação sexual: “é um mito que a vagina da mulher fica permanentemente larga por fazer sexo com um homem de pênis grande. Depois de cada relação sexual, a vagina se contrai de volta ao seu tamanho original”. Ela explica que a única coisa que interfere permanentemente na elasticidade do órgão sexual feminino é o parto natural. “Como você sabe, um bebê é muito maior que um pênis humano”, diz ela.

Cada mulher tem uma característica, dependendo dos músculos da região pélvica. Esses músculos podem ser fortalecidos com exercícios de Kegel. Além disso, o nível de excitação sexual também faz diferença na elasticidade da vagina. Quanto mais excitada, mais elástica e lubrificada fica a região.

A verdade é que cada pessoa é única, e seus corpos são prova dessa diversidade. O artista Jamie McCartney criou painéis com modelos de vulvas em gesso para comprovar isto. Ele convidou mais de 400 mulheres entre as idades de 18 a 76 anos para participarem do projeto, que levou cinco anos para ser concluído.

  1. A ejaculação feminina é falsa ou forçada

Algumas pessoas acreditam que a ejaculação feminina não é natural. Em 2014, o governo do Reino Unido chegou a proibir que esse tipo de ejaculação fosse mostrada em filmes pornôs, assim como sexo não consensual e estrangulação.

Um estudo publicado na revista Sexual Medicine em março de 2015 observou que entre 10 e 40% das mulheres liberam urina involuntariamente quando têm um orgasmo. Sim, algumas vezes aquele líquido é xixi.

Outro estudo analisou a composição desse líquido. Ele contou com a participação de sete mulheres que relatam produzirem a quantidade de líquido equivalente à um copo de água quando têm orgasmo. Os pesquisadores observaram que o líquido realmente é urina, mas que em alguns casos contém pequenas quantidades de uma substância que também é encontrada na ejaculação masculina. Essa substância ajuda os espermatozoides a nadar, então isso sugere que há uma função reprodutiva por trás disso.

  1. Homens com pés grandes têm pênis grandes

Uma das crenças incorretas mais populares no mundo todo é que homens de raças diferentes têm pênis de tamanhos específicos. Um meta-estudo mostrou, porém, que os maiores pênis do mundo pertencem a homens da Jordânia, Alemanha e EUA, e não de países da África, como muitos acreditam.

De acordo com estudo publicado na revista British Journal of Urology International, também não é verdade que homens de pés grandes têm pênis grandes. Os pesquisadores mediram o comprimento do pênis de 104 homens do Reino Unido e compararam com o tamanho do pé, sem encontrar proporção entre as duas medidas.

  1. Homens circuncisados sentem menos prazer

Um estudo publicado no The Journal of Urology examinou 62 homens entre as idades de 18 e 37 anos. Entre estes, 30 eram circuncisados e 32 não eram. Para verificar a sensibilidade dos pênis, os participantes tinham que detectar toque, calor e o limiar da dor em locais diferentes do órgão. O resultado mostrou que a circuncisão não influencia na sensibilidade dos homens.

  1. O hímen se rompe no primeiro relacionamento sexual

O formato e estrutura dos himens variam de mulher para mulher, mas tipicamente ele consiste de uma membrana fina que cobre parcialmente a entrada da vagina. Essa membrana pode se romper na primeira relação sexual da mulher, mas também pode não se romper. Além disso, a penetração sexual não é o único momento em que ele pode se romper. Absorventes internos, atividades físicas, ginástica ou simplesmente motivo nenhum também podem causar o rompimento.

  1. Apenas pessoas promíscuas têm herpes

90% das pessoas do mundo têm herpes. Há oito tipos do vírus, mas os mais preocupantes são o tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HVS-2), as duas formas que se manifestam com feridas na boca e nos órgãos genitais, respectivamente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos têm HSV-1 e 417 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos têm HSV-2. A grande maioria das pessoas não mostra sintomas.


Fonte: HypeScience

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