Manter uma vida de sexual sem preconceitos e se entregar na hora H aumenta a autoestima.
Quem diria, até a masturbação agora tem mês para ser comemorada e praticada. É isso mesmo. Para quem ainda não sabe, Maio é o Mês Internacional da Masturbação. Mas o tema ainda é visto como tabu, principalmente quando a masturbação é praticada pela ala feminina. Os homens desde cedo são incentivados a conhecer seu corpo e a sentir prazer. Por isso, a masturbação masculina ocorre de forma natural e sem medo de censura. Ao contrário, as mulheres passam o tempo sem que muitas delas conheçam o próprio corpo e, por este motivo, têm dificuldades até mesmo de alcançar o orgasmo.
Para a sexóloga Carla Cecarello, uma vida sexual bem resolvida é importante tanto para autoestima quanto para a saúde. Segundo a especialista, quem tem mais vontade de cuidar de si mesma, tanto no lado pessoal quanto no espiritual, além de investir mais no próprio conhecimento, ganha mais no prazer e na qualidade de vida ou até mesmo nos relacionamentos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), para ter uma boa qualidade de vida é preciso ter quatro pontos em equilíbrio: vida em família, trabalho, lazer e sexo. Isso mesmo SEXO. Portanto, cuidar da vida sexual é importantíssimo para obter êxito em todas as demais áreas da nossa existência.“Quando a pessoa vive aprisionada por tabus ela tende a ser mais fechada, inibida e desconfiada”. A maioria dessas pessoas é preocupada com que os outros pensam e dizem e acabam não se permitindo experimentar suas próprias vontades.
Definitivamente, para que o sexo seja satisfatório, é importante que haja entrega. Os preconceitos estão relacionados com os conceitos, com as concepções errôneas, que se aprende desde a infância e que, na maioria das vezes, não paramos para questionar se é assim mesmo que as coisas funcionam. “Por isso, a falta de informação pode levar a uma infelicidade sexual, bem como a uma limitação na expressão sexual que se, a pessoa parasse para ler mais, se informar mais, poderia melhorar muito a própria vida sexual e ter uma maior qualidade de vida”.
Uma das formas de se libertar dos tabus e viver uma vida menos regrada ou não tão conservadora sobre o tema, segundo a especialista, é sair em busca de informações.
Os nove principais tabus sexuais da mulher e como se livrar deles.
Masturbação: é muito importante a pessoa conhecer o próprio corpo.É através desse conhecimento que ela vai saber o que gosta ou não. “Com o toque, pouco a pouco a pessoa se descobre, descobre novas sensações, se desprende e passa a se respeitar mais”, comenta a especialista. A masturbação permite que a mulher se conheça. “É com o toque que ela aprende a fantasiar, a imaginar situações, permitindo que ela vá à busca de objetos diferentes na hora da masturbação e conheça melhor seu próprio corpo”.
Sexo anal: algumas mulheres têm medo de praticar o sexo anal por acreditar que a prática pode prejudicar a saúde. “A prática tem uma conotação negativa, pois muita gente acredita que o sexo anal está ligado a promiscuidade e a coisas de baixo nível, além de existir o mito de que a mulher que pratica é considerada vagabunda. O que existe é uma desinformação em torno da prática do sexo anal”. Para praticar sem medo, a especialista orienta a buscar informações corretas de como praticar, de confiar no parceiro e sempre usar preservativo para evitar infecções e doenças sexualmente transmissíveis.
Orgasmo: o ápice do prazer não passa de um mito para algumas mulheres, pois muitas descobrem ter dificuldade para atingir o orgasmo. O orgasmo está relacionado à entrega emocional e sexual. “A mulher que tem orgasmo é aquela que conhece melhor o seu próprio corpo. Para se livrar desse tabu, ela precisa aprender a se masturbar, descobrir as suas próprias sensações e vencer essas barreiras de se tocar e olhar os órgãos genitais”. O orgasmo está relacionado a uma relação de confiança com o parceiro ou parceira.
Sexo casual: o sexo sem compromisso é algo novo principalmente para as mulheres, já que se trata de uma pratica que não há vinculo afetivo. No sexo casual não há sentimentos, existe apenas o sexo pelo prazer. “A mulher não foi educada para isso e sim para ter sexo com compromisso e sentimentos. Mas, é algo que ela precisa ler e entender que buscar o sexo apenas por prazer é um direito dela e que ela não se tornará uma qualquer só porque vai em busca de algo que faz bem a ela”.
Sexo a três: um dos fetiches preferidos dos homens ainda é mal visto pelas mulheres. É preciso primeiro ter vontade de praticar o sexo a três e entender que se trata de algo íntimo. “Para praticar sexo a três é importante que a mulher não se sinta em uma posição de promiscuidade, já que ela aprendeu que o sexo é feito com um homem e uma mulher”. Para se jogar de vez no “ménage à trois” é importante conhecer a si mesma e conhecer os seus limites!
Sexo com pessoas do mesmo sexo: Se a mulher se sente atraída por pessoas do mesmo sexo, basta não ter medo e se jogar!
Medo de transar por se achar gorda: a sexóloga conta que muitas mulheres passam por isso porque existe uma ideia de “corpo perfeito” que muitas não conseguem alcançar e acabam se inibindo sexualmente por não atingir o padrão de corpo malhado e magro. “É importante gostar de si mesma e entender que a mulher não é um corpo, ela é muito mais do que isso! Para se livrar da questão física, busque valores e acredite no que você tem de melhor, como um sorriso ou simpatia que vai chamar atenção para uma transa”. Ser divertida sexualmente e participativa durante o sexo é muito melhor do que ter apenas um corpo bonito.
Tomar a iniciativa: Isso não é exclusividade do terreno masculino. Muitos homens gostam de se sentir desejados e algumas mulheres pensam que só o parceiro deve procurá-la. “Se a mulher pensa assim, ela está pensando de forma muito ultrapassada e é bom conversar com as pessoas para ter outras visões. Tomar a iniciativa mostra que a mulher tem interesse no sexo e para os homens demonstra que a relação tem muita intimidade”.
Carla Cecarello é sexóloga do site de encontro casuais C-date. O site fundado em 2008, foi o primeiro site de encontros casuais da Europa. Atualmente está presente em 35 países e tem mais de 15 milhões de usuários. Todos os dias, mais de 20 mil novos membros – se inscrevem no C-date. O perfil dos usuários é composto por pessoas com idade entre 30 e 50 anos e que procuram viver aventuras sem compromisso, de forma elegante. www.c-date.com.br
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