A pré-eclâmpsia continua sendo uma das principais causas de complicações na gravidez, afetando milhares de mulheres todos os anos. O tema ganhou maior visibilidade após celebridades como Beyoncé, que relatou ter enfrentado pré-eclâmpsia durante a gestação dos gêmeos, e Kim Kardashian, que também viveu o quadro em sua primeira gravidez. Mas, apesar da gravidade, há maneiras eficazes de reduzir riscos e identificar sinais precocemente.

A obstetra Dra. Júlia Alencar destaca que a prevenção começa antes mesmo do positivo no teste de gravidez. “A gestação exige um olhar integral para a saúde da mulher. Quando entendemos os fatores de risco e adotamos hábitos adequados desde o início, diminuímos consideravelmente as chances de evolução para quadros graves”, explica.

A seguir, a especialista elenca sete práticas essenciais para prevenir a pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional.

1. Realizar o pré-natal cedo e com regularidade

Quanto mais cedo a gestante inicia o acompanhamento, maior a chance de identificar riscos como pressão alta prévia, histórico familiar e alterações metabólicas. “O pré-natal é a principal ferramenta de prevenção. Os sinais costumam ser silenciosos, e o monitoramento evita surpresas”, diz a obstetra.

2. Controlar o ganho de peso de forma saudável

Ganhar peso de maneira exagerada aumenta o risco de hipertensão. A Dra. Júlia reforça que o objetivo não é “emagrecer na gravidez”, mas ganhar dentro do limite recomendado. “Uma nutrição equilibrada ajuda a manter a pressão controlada e garante mais segurança para mãe e bebê.”

3. Praticar atividade física com orientação

Caminhadas, exercícios leves e alongamentos reduzem a pressão arterial e melhoram a circulação. “Movimento é vida. A prática regular diminui a chance de edema, melhora o bem-estar e ajuda a controlar fatores de risco metabólicos.”

4. Monitorar a pressão arterial em casa

A automonitorização complementa o pré-natal e permite identificar alterações rapidamente. A especialista orienta: “Se a pressão subir acima de 14 por 9, mesmo sem sintomas, a gestante deve procurar atendimento.”

5. Reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados

O excesso de sódio está diretamente relacionado à hipertensão. “É uma mudança simples, mas poderosa. Cozinhar mais em casa e priorizar alimentos frescos faz diferença real na saúde da gestante”, explica a obstetra.

6. Avaliar necessidade de medicação preventiva

Em mulheres com risco elevado — como histórico de pré-eclâmpsia, pressão alta crônica ou gestação múltipla — o uso de aspirina em baixa dose, indicado pelo médico, pode reduzir drasticamente as chances de complicações. “É uma estratégia segura e recomendada globalmente, mas precisa de prescrição e avaliação individual.”

7. Reconhecer sinais de alerta

Dor de cabeça intensa, inchaço súbito, visão turva, dor no estômago e aumento rápido de peso podem indicar evolução para pré-eclâmpsia. “Nenhum sintoma deve ser ignorado. A pré-eclâmpsia evolui rápido e exige resposta imediata.”

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