No dia 13 de abril é celebrado o Dia do Beijo, data que valoriza uma das formas mais universais de carinho e conexão. Mas o gesto, além de simbólico, envolve fatores importantes para a saúde bucal. Para além da estética ou da aparência dos dentes, o beijo pode ser uma via de transmissão de doenças e também um reflexo direto da rotina de cuidados com a boca.
“O beijo é uma troca intensa de saliva e, com ela, de micro-organismos. Por isso, manter uma boa higiene bucal é fundamental não só para a saúde individual, mas também para evitar a transmissão de bactérias e vírus”, explica o Dr. Felipe Abreu, dentista e sócio-fundador da clínica Odonto Special by Sabrina Sato.
Segundo ele, os principais vilões do mau hálito, que pode ser um impeditivo para o beijo, estão ligados à má escovação, presença de saburra (aquela placa branca que se forma sobre a língua), boca seca, cáries, gengivite e até questões estomacais. “É essencial escovar os dentes e a língua pelo menos duas vezes ao dia, usar fio dental, beber bastante água e manter consultas regulares ao dentista”, orienta o dentista.
Água, alimentação e chicletes sem açúcar: aliados do hálito fresco
A hidratação é apontada como um dos fatores mais importantes para evitar o mau hálito. “Beber água com frequência mantém a boca hidratada e estimula a salivação, que tem efeito detergente e contribui para o controle das bactérias”, afirma o dentista. Alimentos cítricos, como laranja, limão e abacaxi, também podem ajudar nesse processo.
Sobre os famosos chicletes e balas usados para “disfarçar” o hálito, Dr. Felipe faz uma ressalva: “Eles funcionam apenas de forma temporária. Os produtos sem açúcar, principalmente os que contêm xilitol, ajudam porque estimulam a produção de saliva. Mas não substituem os cuidados de higiene.”
Boca seca durante o beijo? Saiba por que acontece
O ressecamento da boca também pode comprometer a experiência do beijo, e tem causas variadas. “Estresse, uso de certos medicamentos, respiração bucal e desidratação são fatores que podem levar à boca seca”, diz. Para prevenir, a recomendação é simples: beber água com frequência, evitar álcool e cigarro, usar chicletes sem açúcar e manter a escovação em dia.
Beijo transmite doenças? Sim, e algumas merecem atenção
Entre as doenças que podem ser transmitidas pelo beijo estão o herpes labial, a mononucleose (conhecida como “doença do beijo”), a candidíase oral, além de cáries e gengivite, que são causadas por bactérias presentes na boca. “A prevenção passa por cuidados básicos: não beijar pessoas com feridas visíveis, ter atenção aos sinais de infecções, e claro, ir ao dentista regularmente”, reforça o Dr. Felipe.
Como identificar sinais de alerta antes de beijar?
Alguns sinais podem indicar infecções e, nesse caso, o ideal é adiar o beijo. “Feridas, bolhas, aftas, mau hálito persistente, gengivas inflamadas e placas brancas na língua são sinais de que algo não está bem. Em qualquer um desses casos, o melhor é procurar um dentista antes de continuar com o contato próximo”, orienta Abreu.
Por fim, cuidar da saúde bucal é também cuidar do outro. “Em uma data que celebra o beijo, o autocuidado se mostra um gesto genuíno de carinho, com o corpo, com a saúde e com quem se beija”, finaliza o Dr. Felipe.
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