A atriz Paula Burlamaqui, de 57 anos, passou por uma cirurgia no quadril em agosto de 2024, após ser diagnosticada com artrose avançada na articulação. O procedimento envolveu a implantação de uma prótese no lado direito. Além da atriz, no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 15 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a enfermidade.

A artrose, também conhecida como osteoartrite, é uma doença degenerativa que afeta as articulações, resultando no desgaste da cartilagem que reveste as extremidades ósseas, levando a dor, rigidez e redução da mobilidade. Não há cura para a artrose, porém existem tratamentos que aliviam os sintomas e melhoram o bem-estar do paciente.

Segundo a Dra. Luiza Fuoco, médica reumatologista da Imuno Santos, nos estágios iniciais, a artrose costuma causar dor nas articulações ao final do dia ou após atividades físicas e ao levantar. “Em doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide, a rigidez é mais prolongada e a dor costuma ser pior pela manhã. A artrose também tende a afetar áreas específicas, como joelhos, quadris, mãos e coluna, enquanto outras doenças podem ter padrões diferentes”, afirma a especialista.

De acordo a reumatologista, a artrose pode ter a causa ligada com diversos fatores, como excesso de peso, histórico de traumas articulares, como entorses ou fraturas; atividades físicas de alto impacto, genética, alterações de alinhamento, doenças inflamatórias articulares, como artrite reumatoide. Ainda, segundo ela, o envelhecimento natural das articulações e a sobrecarga repetitiva ao longo da vida também são precedentes importantes.

Tratamento

Apesar da atriz ter passado por uma intervenção cirúrgica por conta do caso avançado, há outras formas de tratar o problema que fogem das operações, sempre com foco em controlar a dor, melhorar a função das articulações e retardar a progressão da doença. Os pacientes podem ser tratados com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, com prescrição médica; infiltrações articulares com ácido hialurônico ou corticoide, fisioterapia e fortalecimento muscular, controle de peso e adaptações no estilo de vida.

Os estudos para tratar a doença, que ainda não tem cura, estão em evolução. Luiza Fuoco explica que já há novas abordagens em desenvolvimento, com pesquisas recentes que exploram terapias com células-tronco, fatores de crescimento e medicamentos biológicos que atuam diretamente nos mecanismos de inflamação e desgaste da cartilagem. “Estamos passando por um processo de avanços na medicina regenerativa e novos tipos de infiltração, como o com plasma rico em plaquetas (PRP), vem mostrando resultados promissores. Com eles, o intuito não é apenas aliviar os sintomas, mas também regenerar a cartilagem e modificar a doença no futuro”, revela a reumatologista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *