A fístula anal é uma condição médica que pode transformar o cotidiano de quem a enfrenta, caracterizando-se pela formação de um canal anormal que conecta o canal anal à pele ao redor do ânus. Essa condição não apenas causa desconforto, mas pode levar a complicações que exigem intervenção médica.

A maioria das fístulas se origina de abscessos que não cicatrizam adequadamente, revelando a importância da atenção imediata a essas condições.

Doenças inflamatórias intestinais como a Doença de Crohn e a colite ulcerativa não só afetam o intestino, mas também aumentam significativamente o risco de desenvolvimento de fístulas. Além das infecções nas glândulas anais, que podem ser o ponto de partida para a formação de abscessos e, consequentemente, fístulas – Alertou o Dr. Ernesto Alarcon, Cirurgião Geral e especialista em Videolaparoscopia, sobre algumas das principais causas.

Outras causas da fístula anal são:

– Traumas ou cirurgias anteriores: Lesões ou intervenções cirúrgicas na região anal podem desencadear inflamações que levam à formação desse canal indesejado.

– Outras condições: Embora raras, infecções como tuberculose e algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), bem como câncer anal, também estão associadas à fístula anal.

Os sintomas da fístula anal podem variar em intensidade. O Dr. Ernesto Alarcon ressalta alguns dos sintomas mais comuns:

Há uma presença de dor persistente, um desconforto constante ao sentar, evacuar ou até mesmo tossir. Inchaço e vermelhidão no local também são sintomas frequentes, podendo ocorrer secreção na região afetada. Outro sintoma é a irritação na pele, bem como febre ou mal estar geral.

O tratamento da fístula anal geralmente requer intervenção cirúrgica. As opções incluem:

– Fistulotomia: Um procedimento que permite a abertura e raspagem do trajeto fistuloso, promovendo cicatrização de dentro para fora.

– Fistulectomia: A remoção completa do trajeto fistuloso é necessária em casos mais severos.

– Drenagem de abscessos: Essencial em situações onde abscessos estão presentes.

– Uso de sedenho: Um fio cirúrgico que mantém o canal limpo e aberto, favorecendo a cicatrização.

– Retalhos de mucosa: Para fechar aberturas internas em casos mais complexos.

Embora nem todas as fístulas anais possam ser prevenidas, algumas medidas podem ajudar, como uma higiene cuidadosa para evitar infecções indesejadas e tratamento imediato dos abscessos anais.

O acompanhamento médico é crucial para minimizar riscos. Se você suspeitar que tem uma fístula anal, não hesite em procurar um médico. Um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado podem fazer toda a diferença na sua qualidade de vida – Finaliza o Dr. Ernesto Alarcon.

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