Recentemente, Sabrina Sato, de 43 anos, sofreu um aborto espontâneo enquanto estava na 11ª semana de gestação de seu primeiro filho com o ator Nicolas Prattes. O Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi atendida, emitiu uma nota informando que a gestação “não evoluiu”, sem especificar as causas exatas da perda. A experiência da apresentadora é um exemplo de uma condição que afeta muitas mulheres que engravidam após os 40 anos: o aumento do risco de complicações na gestação.

Aborto espontâneo e idade materna

Estudos indicam que o risco de aborto espontâneo cresce significativamente com a idade da mulher. Enquanto mulheres na faixa dos 30 anos apresentam uma taxa média de 10% a 15% de abortos espontâneos, aos 40 anos essa probabilidade aumenta para cerca de 25%. Aos 45 anos, o risco chega a 50%. Esse aumento de risco se deve, em grande parte, a fatores genéticos, como a maior frequência de alterações cromossômicas nos óvulos, que podem comprometer o desenvolvimento saudável do embrião.

Outras complicações comuns na gravidez tardia

Além do risco de aborto espontâneo, mulheres que engravidam após os 40 anos enfrentam um aumento da probabilidade de desenvolver uma série de condições que podem afetar a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Entre as complicações mais comuns estão:

  • Pré-eclâmpsia: condição caracterizada por hipertensão e presença de proteínas na urina, que pode levar a complicações graves, como convulsões e danos a órgãos vitais.
  • Gravidez ectópica: quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente em uma das trompas, causando risco de ruptura e hemorragia interna.
  • Diabetes gestacional: tendência a níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez, o que aumenta o risco de complicações no parto e no desenvolvimento fetal.
  • Pressão alta gestacional: hipertensão que surge durante a gestação e pode evoluir para pré-eclâmpsia, além de aumentar o risco de parto prematuro.
  • Parto prematuro: nascimentos antes das 37 semanas de gestação, frequentemente associados a complicações de saúde para o bebê, como problemas respiratórios e neurológicos.

Cuidado pré-natal e alternativas para uma gestação mais segura

Com os avanços na medicina, muitas mulheres optam por recorrer a métodos como a fertilização in vitro (FIV), em que os embriões podem ser submetidos a uma triagem genética antes da implantação, reduzindo o risco de alterações cromossômicas. Além disso, cuidados pré-natais rigorosos, acompanhamento com especialistas em gravidez de alto risco e mudanças no estilo de vida podem contribuir para reduzir alguns riscos associados à gravidez tardia.

Apesar dos desafios, muitas mulheres conseguem levar uma gestação saudável após os 40 anos com o suporte adequado.

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