Emagrecer é um dos maiores objetivos dentro do universo fitness. Segundo um estudo da University of Pittsburgh Medical Center, mais de 49% dos estado-unidenses tentam perder peso anualmente, sendo essa a principal motivação para a prática de atividade física. Entretanto, muitos ainda encontram dificuldades em atingir suas metas.
Para o professor de educação física Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício, diversos fatores contribuem para essa realidade. “Um dos erros mais comuns é a realização de programas de treinamento inadequados”, aponta. “Muitos profissionais, na hora de direcionar seus clientes, ainda optam por métodos desatualizados, como a estratégia dos aeróbicos de longa duração da década de 70, que têm se mostrado inferiores quando comparados aos métodos mais atuais”, diz.
A intensidade do treino também é um ponto crítico. Estudos recentes indicam que a perda de gordura abdominal está relacionada ao pico de liberação de adrenalina, alcançado através de atividades de alta intensidade. “Muitas pessoas não compreendem o que é realmente um treino de alta intensidade e acabam não atingindo o esforço necessário. É fundamental que os treinos sejam planejados para elevar significativamente a frequência cardíaca de forma segura e coerente”, ressalta o professor.
Outro grande desafio para o emagrecimento efetivo é a questão das dietas restritivas. “A alimentação correta é responsável por aproximadamente 75-80% do sucesso no emagrecimento. Ainda assim, é comum ver pessoas na academia que não buscam orientação nutricional e seguem dietas radicais sem sentido fisiológico encontradas na internet”, observa.
Além disso, o medo de aumentar a massa muscular é outro obstáculo. “Muitas pessoas, principalmente mulheres, ainda temem ‘puxar ferro’ por medo de ganhar peso na balança ou ficarem ‘musculosas demais’, sem entender que a musculação é essencial para o emagrecimento. A massa magra é uma ferramenta essencial no auxílio da queima de gordura”, explica.
Por fim, mas não menos importante, o especialista reforça que a genética pode também influenciar significativamente os resultados, mas que não deve ser utilizada como uma desculpa. “Cada pessoa tem características genéticas próprias que podem facilitar ou dificultar o processo de emagrecimento. É importante entender e respeitar essas limitações e trabalhar de forma consistente e paciente, lembrando que é possível sim ter emagrecimento independente do cenário genético”, complementa Felipe Kutianski.
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