Em pleno inverno, as temperaturas têm chegado aos 30 graus facilmente nos últimos dias. Apesar de as ondas de calor estarem se tornando mais comuns devido ao aquecimento global, essa variação causa um efeito negativo na saúde e na pressão arterial, principalmente.
No frio, por exemplo, os vasos sanguíneos ficam mais estreitos e isso acaba levando ao aumento da pressão, podendo causar quadros hipertensivos até mesmo em quem não sofre com a doença crônica. O calor, por sua vez, tem a fama de provocar desmaios e tonturas por causa da pressão baixa, mas se engana quem pensa que termina por aí. De acordo com o Dr. Celso Amodeo, cardiologista especializado em hipertensão arterial, é importante se atentar aos sinais que o corpo dá.
“O clima quente é muito propenso a levar à desidratação porque você expele mais líquido do que ingere. Quando isso acontece, o sangue fica mais espesso e se torna mais difícil de bombear, causando mal-estar, fraqueza, irritabilidade e aumento da frequência cardíaca. Também é comum ingerirmos mais sal para evitar que a pressão caia, mas isso pode causar o efeito oposto e gerar um pico de hipertensão”, afirma.
Pessoas com doenças crônicas pulmonares, cardíacas, renais ou de circulação também devem redobrar a atenção no calor. Elas devem ingerir bastante líquido e evitar o sol durante o pico, ao meio-dia. “Se o indivíduo toma medicamentos, ele não deve parar durante as ondas de calor, pois isso ajuda com que ele mantenha a pressão no nível normal e esperado.”
O especialista reforça ainda que é preciso ficar atento com o local onde o remédio é armazenado, a fim de evitar que o calor e a umidade entrem no recipiente e comprometam a eficácia. A medida ideal é mantê-lo em um ambiente fresco e arejado, sempre prestando atenção no aspecto e possível cheiro que possa exalar.
“Não há segredo para prevenir os impactos do calor: tomar mais água do que o de costume, usar roupas frescas e arejadas, optar pela alimentação com frutas, legumes e verduras e, a qualquer sinal do corpo de que algo está errado e essa sensação não passar, não deixe de procurar ajuda médica. Os diagnósticos precoces são sempre o melhor caminho para evitar problemas maiores”, aponta o Dr. Celso.
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