A alergia ao esmalte é caracterizada como uma dermatite de contato, ou seja, provoca uma reação inflamatória alérgica na pele, devido a uma resposta do sistema imunológico aos produtos químicos presentes no esmalte.
Estudo feito por pesquisadores brasileiros, publicado no final de 2020, apontou que os esmaltes de unhas são responsáveis por cerca de 30% dos casos de dermatite alérgica de contato.
“Os componentes presentes no esmalte que mais provocam alergias são: o tolueno (solvente da fórmula tradicional de esmaltes) e formaldeído ou resina, que tem como função dar aderência e durabilidade ao produto.” Explica Dra. Brianna Nicoletti, Alergista e Imunologista.
A médica explica ainda que a hipersensibilidade a esses componentes não apresenta sintomas apenas nas unhas e cutículas, também pode acometer outros locais do corpo que entram em contato com as unhas esmaltadas, principalmente face e pescoço. A região facial é a mais afetada em 26% dos casos, especialmente a área das pálpebras.
É importante estar atento ao aparecimento de alguns sintomas e sinais relacionados à alergia ao esmalte.
Sinais nas mãos e unhas:
1 — Unhas fracas, que lascam e quebram com facilidade;
2 — Pele avermelhada, coceira, descamação e edema (inchaço), ao redor das unhas;
3 — Pequenas bolhas nos dedos;
4 — Alterações do relevo da unha, além de ressecamento e fissuras das cutículas.
Nas demais partes do corpo aparecem lesões descamativas, grosseira na pele, com vermelhidão, coceira e eventuais escoriações.
A alergista explica que o tratamento deve ser realizado para controlar as crises de alergia ao esmalte. Além do diagnóstico preciso do componente que está provocando a irritação, deve ocorrer prescrição de medicamentos antialérgicos tópicos e orais, além de ser fundamental seguir as recomendações médicas, como a utilização de produtos hipoalergênicos de confiança.