O colesterol é uma substância cerosa e semelhante a uma gordura que está presente no sangue e nas células do corpo. Embora ele seja vital para a produção de células saudáveis, hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam na digestão, ter altas doses no sangue pode comprometer a saúde. Isso porque os altos níveis levam ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
O colesterol alto, por si só, não apresenta sintomas diretos. Por isso, muitas vezes é recomendado ter acompanhamento médico, principalmente em caso de histórico familiar de ou problemas cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e essas enfermidades provocam, em média, 1.100 mortes (dados de 2021). O diagnóstico precoce, no entanto, pode evitar uma série de doenças e complicações, como por exemplo, o acidente vascular cerebral (AVC), infartos, pressão alta e insuficiência cardíaca.
Há dois tipos principais de lipoproteínas que transportam o colesterol pelo sangue:
LDL: conhecido como “colesterol ruim”, altos níveis de LDL podem resultar em fluxo nas artérias, levando a aterosclerose. De acordo com o National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI), níveis elevados são o principal fator de risco para doenças cardíacas.
HDL: o “colesterol bom” que ajuda a remover o colesterol ruim das artérias, prevenindo o acúmulo e a formação de placas.
Estudos publicados no American Journal of Clinical Nutrition destacam a importância da dieta no controle do colesterol. Alimentos ricos em fibra solúvel, como aveia e feijão, demonstraram níveis reduzidos de LDL.
“A alimentação é uma das principais ferramentas para manter o colesterol sob controle”, explica Alessandra Feltre, Head de nutrição. “Incorporar alimentos ricos em fibra, como aveia, frutas, legumes e grãos integrais, pode ajudar a diminuir o LDL, o chamado “colesterol ruim”, fator que é fundamental para uma boa saúde”, aponta.
A nutricionista ainda sugere alguns alimentos e nutrientes que podem ajudar a reduzir o problema. “É importante lembrar de incluir gorduras boas, como aquelas encontrados em abacates, nozes e peixes ricos em ômega 3. E, claro, a prática regular de atividade física é outra ferramenta poderosa para o controle”, explica.
Sintomas relacionados a complicações do colesterol alto
- Dor no peito ou angina;
- Falta de ar;
- Fraqueza ou dormência em um lado do corpo;
- Fadiga inexplicada;
- Dor ao caminhar devido ao acúmulo nas artérias das pernas;
- Alterações na visão ou fala.
Embora esses sintomas estejam mais associados às consequências do colesterol alto, como a aterosclerose, é vital estar atento a eles e procurar assistência médica quando surgirem.
Além das recomendações alimentares, é recomendado pequenas mudanças como:
- Exercício regular: a atividade física regular pode ajudar a aumentar os níveis de HDL, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC);
- Não fumar: fumar pode reduzir o nível de HDL e aumentar o risco de aterosclerose, conforme indicado pela American Heart Association;
- Visite regularmente o médico: faça exames de sangue para verificar seus níveis de colesterol.