As contrações musculares do estômago causam o famoso ruído chamado popularmente por ‘barriga roncando’. Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, isso acontece porque há uma constante produção de ácidos e de enzimas digestivas que fazem o estômago mover líquidos e, como existe ar circulando dentro do estômago, esses sons aparecem. “Se o estomago está vazio, ou seja, com fome, o ronco pode ser ainda mais alto, mas nem sempre isso pode ser apenas necessidade de comer.
“O ronco proveniente da barriga pode ser gases, síndrome do intestino irritável, inflamações gastrointestinais, obstrução intestinal, hérnias ou até distensão abdominal que – se vier acompanhada de febre, por exemplo – merece ajuda médica imediata”, alerta o cirurgião que ensina como identificar cada uma delas.
Gases: Alimentos e bebidas gaseificadas aumentam a formação de gases e dos movimentos peristálticos do intestino e podem causar os barulhos, mas se rapidamente são eliminados, não é preocupante;
Síndrome do intestino irritável: Esse distúrbio provoca contrações em excesso depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em momentos estressantes. “Além de provocar o ronco pode ainda causar dores e diarreia”, fala Dr. Rodrigo.
Inflamações gastrointestinais: É uma irritação na mucosa do intestino que pode causar cólicas;
Obstrução intestinal: Se o ronco vier por algo que pode estar bloqueando o funcionamento do intestino, os alimentos e fezes não conseguem se mover e pode se tornar uma emergência se houver o bloqueio total deste órgão. “Ainda pode vir acompanhando de inchaços da barriga, náuseas ou dores”, alerta.
Intolerância alimentar: Em algumas pessoas o consumo de glúten, laticínios, leguminosas (como feijão) e alimentos ricos em fibras pode ocasionar os mesmos barulhos;
Hérnia: O ronco pode aparecer quando há também uma parte do intestino para fora da parede abdominal que vem acompanhada de inchaço, dor, náuseas e cólicas.
“Os roncos podem ser normais, mas se esses barulhos, gases e fezes não são eliminados em até 48 horas merecem atenção e necessitam de um exame médico físico para avaliar a região abdominal. Mas, algumas medidas ajudam a prevenir que barulhos e dores apareçam como aumentar a ingesta de água, comer devagar e evitar longos períodos em jejum, além de evitar o consumo em excesso de alimentos cítricos, ácidos, gordurosos e açúcares que, por si só, já aumentam os ruídos estomacais logo após o consumo”, finaliza o médico.
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