A doença celíaca é autoimune e caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em cereais como centeio, trigo, aveia e cevada, que afeta a mucosa do intestino delgado e causa irritação e atrofia culminando na má absorção da água, nutrientes e sais minerais pelo nosso corpo. É causada por alterações genéticas e, em geral, os sintomas costumam surgir por volta do primeiro ao terceiro ano de vida, mas em alguns casos podem se manifestar apenas na fase adulta.
De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia, os principais sintomas são dor abdominal, falta de apetite, diarreia, vômito, perda de peso, entre outros. Também é comum aparecerem sintomas relacionados a má absorção de nutrientes como o cansaço, falta de ar, anemia, queda de cabelo e lesões na pele. Em relação ao diagnóstico, ele deve ser feito por um gastroenterologista ou clínico geral que solicitará exames como endoscopia, teste genético e exame de sangue para verificar a presença de anticorpos específicos do problema.
Por ser tratar de uma patologia sem cura, a única maneira de evitar complicações e se livrar desses transtornos é excluir do cardápio qualquer tipo de alimento que contenha glúten, seguindo uma dieta com total ausência da proteína. Conviver com esses novos hábitos alimentares e restrições é a maior dificuldade enfrentada pelos pacientes, pois além da lista de alimentos que devem ser evitados ser bastante extensa, eles devem tomar um cuidado ainda maior na hora de comprar produtos industrializados, fazendo a leitura dos rótulos para que nada passe despercebido.
Segundo Meydson Souza, professor do curso de nutrição, com o aumento dos casos de intolerância ao glúten a indústria investiu massivamente em alimentos que não trazem a proteína em sua composição. “É de suma importância que o indivíduo celíaco saiba que pode lançar mão de vários alimentos que não possuem o glúten entre seus ingredientes e que fazem parte da rotina alimentar da maioria das pessoas.”
“Os tubérculos como batata, mandioca, cenoura e beterraba, o milho e seus derivados e também os alimentos feitos à base de farinha de arroz, que é uma ótima substituta para a farinha de trigo, estão entre aqueles que podem ser consumidos sem causar danos a mucosa intestinal de indivíduos celíacos”, explicou o nutricionista.
CONTINUE LENDO →