O corpo humano tem como uma de suas características manter-se em determinada temperatura. Normalmente, para que o organismo esteja em uma situação favorável, o seu calor interno precisa estar entre 36 e 37 °C.

Quando esse limite é ultrapassado, o corpo passa a mandar sinais a partir de um fenômeno conhecido como febre. O estado febril passa a ser considerado a partir dos 37.8 °C e pode ser ocasionado por diferentes motivações.

“A febre pode ser causada por uma anormalidade do cérebro ou pode ser produzida por substâncias chamadas pirógenos. Esses pirógenos incluem produtos de origem bacteriana, virais, fungos e toxinas”, afirma Dra. Danielle Silva de Melo, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP.

O corpo encontra na febre uma maneira de comunicar que há algo de errado acontecendo. A reação é uma forma de combater invasores, sendo um mecanismo de defesa diante de ameaças. Atualmente, ela tem sido um dos principais sintomas para indicar a presença de viroses, Covid-19 e gripes em geral.

Com a chegada do inverno, a sua presença torna-se ainda mais frequente, porém há outras enfermidades que também dão indícios a partir dela. “Na maioria dos casos, a febre está relacionada a doenças infecciosas, mas pode indicar outras causas, como doenças autoimunes, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, vasculites, desidratação e neoplasias”, complementa a médica.

Frequentemente, a febre vem acompanhada de outros sintomas, mas alguns sinais como sonolência, confusão mental, desconforto respiratório, aumento da frequência respiratória, temperatura acima de 41°C, dor de cabeça e manchas pelo corpo devem acender um alerta.

Como medir a temperatura corretamente?

Para o diagnóstico inicial de febre, é recomendado a medição da temperatura do corpo a partir de um termômetro. “O local da medição da temperatura mais comum é a região axilar. Ele deve ficar bem-posicionado e com tempo suficiente para leitura. No caso de termômetro de mercúrio, o tempo pode variar entre 2 e 10 minutos. O intervalo entre as medidas pode mudar, sendo realizada a cada 6h ou quando houver clínica sugestiva de febre. É importante anotar a temperatura e o horário da medida”, explica a infectologista.

Os diferentes tipos de febre:

Após confirmação de febre, é importante entender as diversas formas que ela se apresenta e saber diferenciá-las. Alguns padrões são:
 

– Febre Contínua: Como o nome já diz, esse tipo de febre se mantém em certa temperatura, com pouca oscilação;

– Febre Remitente: Consiste em variações maiores que 2ºC;

– Febre Intermitente: Essa febre vai e volta, com oscilações entre temperaturas altas e normais;

– Febre Irregular ou Séptica: A febre séptica também sofre com variações e temperaturas irregulares. Normalmente, existe alternância entre altos picos e queda na temperatura;

– Febre Recorrente: A pessoa vivencia períodos com febre e, em seguida, grandes intervalos sem o sintoma.

E quais os cuidados necessários?

De forma geral, durante este período, recomenda-se alguns cuidados como:

– Evitar o excesso de roupas;

– Manter-se em repouso;

– Alimentar-se de forma saudável;

– Tomar banho em temperatura morna;

– Manter-se bem hidratado.

Independentemente dos cuidados indicados, é importante salientar que, em casos de febre persistente por mais de 72 horas, o ideal é procurar o serviço de saúde para informações e orientações mais detalhadas.

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