A maior incidência de câncer em mulheres permanece sendo o de mama, com cerca de 66.200 novos casos em 2020, representando 29,7% de todos os canceres listados no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A realização de cirurgia plástica reparadora, com ou sem o uso de dispositivo médico implantado (prótese de silicone), passou a ser garantida para todas as pessoas graças ao Projeto de Lei 9657/18, aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e que altera as Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 9.656, de 3 de junho de 1998, ampliando as leis existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as mutilações, reforçando a cobertura da cirurgia pelo planos de saúde, de acordo com o projeto de lei aprovado.
“E isso vale independentemente de quais sejam as mutilações, ou qualquer que seja a deformidade e até mesmo para o uso de materiais implantáveis, como a prótese de silicone na mama como também outros materiais para outras áreas do corpo. Preferencialmente realizados no mesmo tempo cirúrgico da cirurgia mutiladora ou deformante”, explica Dr. Fernando Amato, médico cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Quando a reconstrução de mama está indicada – É preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.
“Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença”, explica Dr. Amato.
Diferentemente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. O especialista conta que muitas vezes os mamilos precisam ser refeitos. “A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida. Por isso, sempre oriento que a paciente busque suporte psicológico para superar esse momento”, comenta Dr. Fernando Amato.
A mamografia é o exame considerado essencial para o diagnóstico precoce de câncer de mama podendo diminuir a mortalidade em até 30% quando realizado periodicamente.
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