Segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) em média 30% e 50% da população brasileira possuem sintomas de dores crônicas. Pessoas que lidam com esse tipo de problema sofrem não apenas com a dor, mas com toda a influência que ela causa em sua vida, atingindo não apenas a Saúde-Física mas também a Intelectual, Socio-afetiva, Profissional, Espiritual e até financeira.
Diante do impacto que uma dor crônica pode ter na vida de alguém, é comum que as pessoas busquem todo tipo de recurso para eliminá-las, porém nem sempre é fácil apontar as causas dessas dores permanentes e desconfortáveis, mesmo com exames e diversos tratamentos. Na maioria dos casos, dores crônicas estão associadas a manifestações do próprio corpo, ou seja, ele está respondendo de acordo com as mensagens que recebe do sistema nervoso vegetativo, que controla a maioria das funções viscerais do organismo, considerado como parte do sistema motor.
O sistema nervoso vegetativo está presente nos músculos lisos, músculo cardíaco, glândulas e parte do tecido adiposo e seu funcionamento também está associado aos estímulos externos, ou seja, quando nosso corpo sofre algum tipo de trauma (cortes, machucados, emocionais, impactos, entre outros), nosso sistema nervoso vegetativo é diretamente impactado, influenciando no funcionamento do nosso corpo.
De acordo com o Prof. Ms Leonardo Kenji Nakamura, ao longo da vida, nosso sistema nervoso vegetativo registra diversos eventos, sofrendo alterações em sua performance. “Esses eventos registrados no sistema nervoso vegetativo alteram a comunicação do organismo, causando dores, entre outras sensações” – comenta.
Ou seja, nem sempre as dores crônicas estão associadas a eventos recentes ou pontuais, elas podem estar registradas no seu organismo há anos e se manifestarem em períodos diferentes e em locais opostos ao trauma. “Uma cicatriz na perna, por exemplo, pode ser a causadora de uma dor lombar crônica” – afirma o dr. Leonardo.
Embora seja mais complexo, é possível chegar ao diagnóstico por meio de uma investigação. A avaliação do paciente é baseada no histórico de vida, exames físicos, inspeção e palpação e radiografias que identificam onde estão os campos com irritabilidade, para iniciar um tratamento.
O que muita gente não sabe é que uma substância que por muitos anos foi usada como anestésico e está caindo em desuso, pode ser a chave para a cura dessas dores – a Procaína. Estudos feitos por universidades europeias apontam que doses especificas de procaína podem regular o sistema nervoso vegetativo, restabelecendo essas terminações e realinhando seu funcionamento.
O tratamento que faz uso do fármaco é conhecido como Terapia Neural. O método usa injeções de procaína – substância bacteriostática de efeito analgésico, em regiões especificas do corpo com o objetivo de reativar os mecanismos de autoregulação que o próprio organismo produz, levando a uma nova ordem através da própria força vital. É anti-histaminico, anti-inflamatório, relaxante muscular, inibe inflamações, tem ação antialérgica e é vasodilatadora, regulando a circulação. Entre outras ações, exerce uma influência direta sobre as funções vitais celulares, protegendo da despolarização electrostática. O método faz parte do hall de tratamentos da medicina integrativa e faz parte da lista de práticas integrativas presentes no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os resultados já são sentidos na primeira sessão. Após a avaliação e as primeiras aplicações, o paciente já sente uma melhora significativa na dor, em alguns casos, saindo da sessão sem dor alguma. Ao longo dos dias, é comum em que, destravados alguns traumas, o paciente sinta diferença até em seu comportamento ou na mudança de padrões de pensamento em relação a diversos assuntos. A dor muitas vezes nos paralisa, influencia até nos padrões de pensamentos que temos.
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