No Brasil, 26,8% da população acima dos 20 anos é obesa. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%, entre 2003 e 2019. Em 2019, o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.
A médica Marcia Simões, (CRM 33207), lembra que a obesidade é medida pelo IMC – Índice de Massa Corpórea, calculado pelo peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura. O IMC saudável vai até 25, sobrepeso até 29, e obesidade acima dos 30.
Mas existe obesidade saudável? Márcia afirma que não. “Um corpo acima do peso possui um excesso de gordura corporal que geralmente se encontra inflamado e propenso a doenças. É possível fazer um check-up sanguíneo e encontrar resultados que não são diagnósticos clássicos de doença, porém os problemas ligados à obesidade não aparecem de uma hora para a outra, toda a doença ou alterações não saudáveis tem o seu tempo de desenvolvimento”, explica. “A obesidade é uma doença que precisa ser tratada. Ela é responsável pelo desenvolvimento de outras doenças, como as cardíacas, hipertensão e diabetes”, afirma a médica.
Uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas regular garante uma vida com mais saúde, e combate a obesidade. “Consumir mais verduras, legumes, comidas não processadas, in natura, preparadas em casa, já garante uma melhor alimentação”, alerta.
Márcia lembra que cuidar da saúde mental também é importante para combater a obesidade. “Estresse e ansiedade são problemas que refletem diretamente na disposição, saúde, apetite e no bem-estar geral”, alerta, lembrando que o estresse é um importante gatilho para o estilo de vida pouco saudável, como o sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool.
A prática de exercícios físicos regularmente é grande aliada no combate a obesidade, além de combater as doenças mentais. “Inclua na sua rotina como um compromisso diário, e escolha uma atividade que tenha prazer em realizar. Sair do sedentarismo exige disciplina e comprometimento: quando os exercícios se tornam um hábito, o corpo responde de forma positiva e você passa a fazer isso de maneira natural e prazerosa com o tempo”, incentiva.
A médica lembra sinais como dores de cabeça, alergia e problemas de pele, baixa imunidade, problemas digestivos, insônia e dores crônicas podem indicar que algo não vai bem no corpo. “Não é normal viver com dores, procure um médico sempre que algum sintoma persistir por mais de uma semana”, finaliza. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano 2025 haverá 700 milhões de obesos no mundo e cerca de 2,3 bilhões de pessoas com sobrepeso.
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