Raro em crianças e negros, o câncer de pele é mais comum entre as pessoas com idade acima de 40 anos, mas vem sendo diagnosticado com maior frequência em pacientes mais jovens. “A exposição frequente desse público aos raios solares, sem proteção, é um dos principais motivos para esse crescimento. Temos uma geração que precisa tomar cuidados com o sol”, orienta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Apesar de liderar a lista dos tumores malignos diagnosticados no país, respondendo por 30% dos casos, o câncer de pele não melanoma tem os menores indicadores de mortalidade. “Assim como qualquer outro tumor oncológico, o diagnóstico precoce é essencial para a cura. No caso desse câncer, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas muitos significativas nas pessoas”, alerta Ramon Andrade de Mello.
Portanto, é preciso ficar atento aos sintomas da doença. Segundo o oncologista, esse câncer pode se manifestar por meio de manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram. Alguns pacientes também podem apresentar feridas que não cicatrizam em até quatro semanas: “Geralmente o tumor aparece nas regiões do corpo que são expostas ao sol com maior frequência como rosto, pescoço, orelha”.
“A prevenção deve começar na infância e ser adotada ao longo de toda a vida com o uso de protetor solar diariamente, bem como barreiras mecânicas como óculos escuros, bonés ou chapéus, entre outros. É importante ainda usar filtro solar próprio para os lábios e evitar exposição prolongada ao sol entre às 10h e 16h”, detalha Ramon Andrade de Mello.
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