Também conhecido como câncer de cólon e reto ou por colorretal, o câncer de intestino é um tipo de tumor que se desenvolve no intestino grosso, no reto ou no ânus. No Brasil, é o terceiro de maior incidência na população, atingindo cerca de 40 mil novos casos anuais entre homens e mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Entre os principais sinais estão: mudança contínua nos hábitos intestinais, como diarreias ou prisão de ventre, dor ou desconforto abdominal, fraqueza, anemia e alteração na forma das fezes.

Nos últimos tempos a doença vitimou personalidades da mídia como a apresentadora britânica da BBC, Deborah James, a empresária brasileira Patricia Perissinotto, esposa do músico Andreas Kisser, da banda Sepultura, e o ator americano Chadwick Boseman, e acendeu um alerta para os cuidados: uma das principais medidas preventivas é a verificação do vaso sanitário após o uso. “Qualquer tipo de sangramento encontrado nas fezes não é normal. O formato é outro fator de atenção. Você também pode estar percebendo outras mudanças como fezes mais soltas ou a necessidade de defecar com mais frequência do que o normal. Esses sinais não significam necessariamente que a pessoa tem câncer de cólon, porém, recomenda-se uma consulta médica para a realização do diagnóstico correto do problema”, explica Caio Guimarães, médico oncologista.

Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável, ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras, o consumo de carnes processadas e a ingestão excessiva de carne vermelha.

“Dados do INCA apontam que quase 30% de todos os cânceres colorretais podem ser evitados com atenção às refeições, prática de atividades físicas e abandono de bebidas alcoólicas”, afirma.

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Caio reforça que o acompanhamento médico periódico é prática fundamental para prevenção de quaisquer cânceres. No caso do câncer de cólon, a detecção pode se dar através de uma colonoscopia — um procedimento que usa uma câmera dentro de um tubo longo para olhar por dentro de todo o intestino — ou uma sigmoidoscopia flexível, que examina parte dele.

“Quanto mais cedo os cânceres são diagnosticados, mais fácil costuma ser o tratamento. Na maioria dos casos de câncer de intestino, quando detectados precocemente, é realizada a polipectomia (remoção do pólipo) ou excisão local através de um colonoscópio, muitas vezes durante o exame de colonoscopia. Também podem ser indicadas mais cirurgias se o pólipo não puder ser removido completamente ou se houver células cancerígenas em porções diferentes do cólon. A quimioterapia adjuvante pode ser recomendada caso exista risco de recidiva em função de alguns fatores, como: estágio avançado ou indícios da doença em órgãos adjacentes”, finaliza Caio.

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