A índia registrou na última semana de maio deste ano, cerca de 9000 casos de mucormicose, também conhecida como “fungo negro”, dornça que possui alto índice de letalidade em pacientes sintomáticos. 

A doença também foi registrada no Uruguai, e no sábado (29), o Ministério da Saúde no Brasil reportou a suspeita de uma infecção pelo microrganismo em Joinville, Santa Catarina, ainda não confirmado. Nesta segunda (31), o Ministérios explicou os motivos pelo qual o problema precisa ser acompanhado. 

A mucormicose é uma infecção fúngica rara, não contagiosa e preocupante, causada por fungo filamentoso, chamado de bolor. O fungo pode entrar no organismo, causar lesões na parte vascular e invadir os tecidos em volta. Após a lesão, pode ocorrer a necrose do tecido, que fica escuro, por isso o nome “fungo negro”. 

São cinco os tipos da doença:

  • Rinocerebral: o tipo mais comum, que atinge nariz, olhos e boca
  • Pulmonar: a segunda manifestação mais frequente, quando a infecção atinge o pulmão
  • Cutânea: quando a infecção atinge a pele do paciente
  • Gastrointestinal: quando a doença atinge o trato digestivo do indivíduo
  • Disseminada: ocorre quando a doença se espalha pela corrente sanguínea para afetar outra parte do corpo. 

Os mucormicetos, grupo de fungos causadores da mucormicose, estão presentes em todo o meio ambiente, principalmente no solo, especialmente no processo de decomposição de folhas e estercos, por exemplo, bem como adubos e alimentos estragados — como o pão mofado. Fatores como mudanças climáticas propiciam o aparecimento deste fungo. 

Sintomas

Os principais sintomas da doença são:

  • Nariz entupido
  • Secreção nasal em tom esverdeado
  • Tosse com catarro ou sangue
  • Dificuldade em enxergar
  • Dificuldade para falar
  • Convulsões
  • Perda da consciência
  • Necrose de tecidos (que ganham um tom escuro, por isso o apelido “fungo negro”)

A mucormicose é uma infecção grave e precisa ser tratada com medicamentos antifúngicos prescritos por um especialista. Geralmente anfotericina B, posaconazol ou isavuconazol. 

Em casos graves, quando o diagnóstico é feito tardiamente, é necessária a remoção cirúrgica dos tecidos afetados por meio de cirurgia.

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