Pesquisadores da Escola de Medicina de San Diego da Universidade da Califórnia descobriram que o uso da terapia genética pode prevenir a aprendizagem e também a perda de memória em um camundongo que possui a doença de Alzheimer.

Caso as pesquisas avancem, o método poderá ser testado em humanos no futuro e servir de esperança para o tratamento da doença.  

A terapia gênica é baseada na premissa de que a introdução de um composto terapêutico em uma região do cérebro pode restaurar ou proteger a função neural normal, sendo assim, revertendo processos.

Durante o estudo, os pesquisadores usaram um vetor viral para introduzir o elemento na região do hipocampo dos camundongos. Os animais foram geneticamente modificados para apresentar déficits de aprendizagem e memória aos 9 e 11 meses.

Segundo o autor sênior Brian P. Head, Ph.D., professor adjunto no Departamento de Anestesiologia da Escola de Medicina da UC San Diego,  “nosso objetivo era testar se a terapia gênica nestes modelos de camundongos pode preservar a plasticidade neuronal e sináptica em partes específicas da membrana e melhorar a função cerebral superior”.

Ainda segundo Head, aos 9 e 11 meses, o aprendizado e a memória nos camundongos foram preservados e foi descoberto que as estruturas críticas da membrana e os receptores de neurotrofina associados permaneceram intactos. 

“Esses resultados sugerem que a terapia genética SynCav1 é uma abordagem atraente para restaurar a plasticidade cerebral e melhorar a função cerebral na Alzheimer e, potencialmente, em outras formas de neurodegeneração causadas por etiologia desconhecida”, retratou o estudo. O laboratório de Head segue testando a entrega do gene em outros modelos de Alzheimer em estágios sintomáticos.

A Alzheimer é caracterizada pelo acúmulo de aglomerados de proteínas que estão mal dobradas e são chamadas de placas amilóides, os quais prejudicam a sinalização celular causando a morte neuronal. Os tratamentos atuais da doença visam que as placas e emaranhados abordem apenas os sintomas, que pode fazer com que haja uma reversão e cura do Alzheimer.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *