Pesquisadores da Universidade Queen’s de Belfast, no Reino Unido, descobriram os pontos fracos, conhecidos como “tendão de Aquiles”, de mais de 700 tipos de células cancerosas. O resultado da pesquisa foi publicado na última segunda-feira, 17, na revista científica Nucleic Acids Research
De acordo com o Metrópoles, os cientistas afirmaram que a descoberta das “vulnerabilidades” dos tumores, usando tecnologia de DNA e análise por computador de grandes volumes de dados genéticos, pode levar a novos tratamentos, mais eficazes, numa espécie de “oncologia de precisão” aprimorada.
Segundo o estudo essas drogas poderiam ser usadas no combate a alguns tipos de câncer que são resistentes aos tratamentos atuais “Compreender as impressões digitais moleculares do câncer pode levar à maior precisão no direcionamento dos medicamentos usados nos pacientes, tornando-os mais eficazes. Nosso trabalho dá um passo em direção a tratamentos mais eficazes e personalizados, em última análise, salvando vidas”, afirma o pesquisador Ian Overton, um dos autores do estudo.
A pesquisa mostra ainda que os tumores normalmente realizam mutações que podem deixar pontos genéticos vulneráveis, no caso, os chamados ‘tendões de Aquiles’. Apesar de alguns cânceres se tornarem mais perigosos ao sofrerem mutação e interromper genes protetores chamados supressores de tumor, isto faz com que o próprio câncer fique dependente de um gene reserva, por exemplo. Assim, a ideia do estudo é justamente atacar esse gene reserva para matar as células cancerosas.
Os cientistas identificaram milhares de genes reservas em mais de 700 tipos diferentes de células cancerosas. Os estudiosos disponibilizaram os resultados numa rede de dados genômicos, permitindo o compartilhamento desses ricos recursos para a comunidade científica de todo o mundo, com o objetivo de acelerar o progresso das pesquisas sobre o câncer.
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