Ela não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a retardar a sua evolução, por isso é importante conhecer os seus sintomas e procurar ajuda rapidamente.
Para o público leigo a palavra demência assusta, pois está relacionada à loucura. Mas na medicina ela é utilizada nesse caso para se referir à perda gradativa e persistente da capacidade intelectual do indivíduo, que acontece naturalmente por causa do envelhecimento. Ela não acontece de um dia para o outro, por isso é muito importante que os familiares fiquem atentos a alguns sinais que podem indicar que ela está dando as caras.
“Isso é essencial para que a pessoa seja encaminhada a um especialista que irá analisar o quadro com cuidado e descartar problemas que podem ser revertidos, como mau funcionamento da tireoide, depressão, coágulos no cérebro, carências nutricionais ou desidratação, entre outros” revela Dra. Amabile Pandori, geriatra.
Também é importante que seja excluída a possibilidade de doenças que podem provocar sintomas parecidos, o Alzheimer, por exemplo, que podem exigir cuidados diferentes. Uma vez que o diagnóstico correto é feito, o médico poderá lançar mão de tratamentos que ajudem a diminuir a progressão do problema. Ele também poderá orientar a família sobre como proceder.
Segundo a geriatra “ter tolerância com o idoso é fundamental, pois perder a paciência diante da sua dificuldade costuma fazer com que ele fique nervoso e, por tabela, ainda mais confuso”. Além disso, quando o caso ainda não está tão evoluído e o indivíduo não é totalmente dependente, os filhos e netos podem ajudar o indivíduo a criar soluções para os problemas que vão se apresentando no dia a dia, como anotar os horários e os nomes dos remédios que deve tomar ou as suas obrigações do dia.
Conheça os sintomas mais comuns do problema
1 – Dificuldade de memorização;
2 – Comprometimento na capacidade de resolver os problemas do cotidiano;
3 – Distúrbios para formar novas memórias, ou seja, de memorizar fatos novos;
4 – Dificuldade em alternar e dividir a atenção entre dois ou mais estímulos;
5 – Lentificação motora e na velocidade do processamento mental;
6 – Perda da capacidade de executar tarefas complexas;
7 – Mudanças de personalidade;
8 – Falta de orientação no tempo e espaço;
9 – Diminuição da capacidade crítica e de juízo;
10 – Falta de iniciativa.
Dra. Amabile Pandori é geriatra do Vivenda Quinta das Flores. A especialista tem residência médica na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo em Clínica Médica e especialização em cardiologia e geriatria.
CONTINUE LENDO →