Queda de cabelos em mulheres: entenda as causas e os tratamentos indicados.

Preocupação de muitas mulheres, a queda de cabelo excessivo pode ter origens diversas. Mas engana-se quem acha que é um problema de má circulação, folículos entupidos ou lavagem excessiva do cabelo. As causas são outras. Fatores genéticos, alterações hormonais, estresse, alimentação inadequada, e até mesmo excesso de química são alguns dos exemplos que levam a uma alteração do ciclo normal do cabelo.

Uma das causas mais comuns, é a alopecia androgenética feminina – popularmente chamada de calvície. Como o próprio nome fala, é uma doença genética que tem como característica o afinamento progressivo dos fios que, em determinado momento, param de crescer completamente. É originada pela hipersensibilidade de receptores do couro cabeludo aos hormônios androgênios, como a testosterona.

“Normalmente, a mulher produz quantidades pequenas deste hormônio, mas, após os 40 anos, pode haver um aumento significativo na sua produção, propiciando o desencadeamento do quadro. Ou, em outros casos, elas podem ser expostas ao hiperandrogenismo (aumento de hormônio masculino), contribuindo também com o desenvolvimento da condição”, explica o dermatologista Dr. Anderson Zei Damasceno.

Há também certas doenças dermatológicas que resultam em um cenário parecido. “É o caso da alopecia areata, uma condição autoimune que ataca o folículo piloso, destruindo-o. Caracteriza-se pela perda de cabelo em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo, chegando até a sua perda total”.

Além disso, processos irritativos, inflamatórios ou infecciosos do couro cabeludo poderão desencadear o processo de perda do cabelo. “Assim, o excesso de químicos, tinturas, secadores e traumas resultarão em maior perda de fios”. O estresse é outro fator que influencia. “Neste quadro, a pessoa libera substâncias mediadoras químicas que alteram os ciclos hormonais, levando ou desencadeando a perda capilar. Uma alimentação pobre em vitaminas e nutrientes também pode comprometer a saúde dos fios. É o caso da falta de ferro e vitamina A no organismo”.

E como o tratamento deve ser feito?

Atualmente, existem inúmeras possibilidades. Tratamentos com laser capilar, aplicações de medicamentos no couro cabeludo (drug delivery) com microagulhamento ou laser, uso de medicamentos tópicos, reeducação alimentar e transplante de cabelo são alguns dos procedimentos disponíveis. Mas, antes de mais nada, é necessário realizar um diagnóstico e identificar a real causa do problema.

A tricoscopia é um exame simples e não invasivo, que através de um aparelho com um zoom superpotente, aumenta até 70 vezes o tamanho das estruturas capilares. “Conseguimos, assim, examinar detalhadamente os fios e o couro cabeludo e capturar imagens precisas para serem analisadas”, explica Dr.Zei. Só assim é possível diagnosticar os distúrbios e direcionar o melhor tratamento.


Dr. Anderson Zei Damasceno é dermatologista, graduado pela Faculdade de Medicina de Vassouras Rio de Janeiro, é Mestre em Ciências Médicas pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo. É Pós-Graduado em Dermatologia, em Prática Ortomolecular e Medicina Funcional e Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e do Grupo Brasileiro de Melanoma. www.clinicavisia.com.br

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