Estima-se que 1% da população feminina adulta entre em menopausa antes dos 40 anos. Geralmente o fim da fase reprodutiva da mulher acontece entre 45 e 55 anos, a qual é denominada menopausa. Porém, para algumas mulheres, a queda na produção de hormônios e fim do ciclo reprodutivo chega com antecedência. Quando isto acontece, pode estar se configurando um quadro de menopausa precoce, que é a insuficiência ovariana prematura (IOP).
De acordo com o ginecologista Dr. Renato de Oliveira, a IOP é caracterizada pela perda da função ovariana antes dos 40 anos de idade. “Neste caso, os ovários deixam de produzir hormônios de maneira adequada para a reprodução e não há liberação de gametas femininos, os oócitos, resultando na infertilidade. Alguns sintomas podem alertar para esse problema, dentre eles, a parada ou diminuição na frequência menstrual ou ciclos menstruais mais curtos, além de “ondas de calor” denominadas fogachos, sudorese noturna, insônia, alterações do humor, secura vaginal, indisposição, perda da libido e dor no ato sexual”.
As causas podem ser genéticas, destacando-se a presença da pré-mutação do gene FMR1, hormonais, autoimunes, cirúrgicas, exposição por longos períodos à irradiação, a grandes variações de temperatura ou a algumas substâncias tóxicas. “Além disso, os procedimentos de radioterapia e quimioterapia também poderiam levar ao esgotamento da reserva ovariana”.
Na maioria dos casos, o tratamento da menopausa precoce é feito com reposição hormonal. No entanto, não são todas as mulheres que podem fazer este tipo de tratamento. “Aquelas com histórico de câncer de mama, mulheres com câncer de útero ou sangramento vaginal sem diagnóstico durante o climatério necessitam de outras formas de tratamentos. Portanto, é imprescindível consultar um especialista, pois o tratamento deve ser individualizado, avaliando sempre os fatores de risco da reposição hormonal.
Chances de engravidar
Mulheres com menopausa precoce apresentam uma chance inferior a 10% de engravidar. No entanto, com o avanço da ciência, o sonho da maternidade é possível: “de forma natural, a mulher não engravida na menopausa precoce, pois os ovários estão comprometidos e não liberarão os gametas a fim de serem fecundados pelos espermatozoides. Entretanto, se a gravidez é um desejo, poderá recorrer aos procedimentos de reprodução assistida como, por exemplo, a Fertilização in vitro (FIV), utilizando óvulos doados ou utilizando-se dos seus próprios oócitos para serem fertilizados, caso já tenha realizado um congelamento prévio”.
Bebê de Proveta
Também chamada popularmente de “bebê de proveta”, a FIV consiste, basicamente, em quatro etapas. Na primeira fase, é realizada a estimulação ovariana por meio da administração controlada de hormônios à paciente, esta conduta tem como objetivo estimular o desenvolvimento de um número maior de folículos. A segunda etapa refere-se à retirada dos oócitos dos folículos, procedimento denominado punção ovariana (realizada sob anestesia), os quais serão encaminhados ao laboratório para sua fertilização com o espermatozoide previamente coletado. A terceira fase compreende o período de desenvolvimento dos embriões em estufas adequadas durante uma média de 3 a 5 cinco dias. Por fim, na quarta fase, a transferência dos embriões é realizada por meio de um cateter específico, procedimento que não requer anestesia.
Dr. Renato de Oliveira é ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis, que nasceu em São Paulo e possui mais de 13 anos de experiência com células-tronco, é acreditada pela AABB (Associação Norte Americana de Bancos de Sangue) e certificada pela IQNet NBR ISO 9001:2015. www.criogenesis.com.br
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