Comportamentos alimentares são resultado de uma soma de experiências com a comida ao longo da vida. Sendo assim, para que ter uma boa relação com as refeições, é fundamental a compreensão das razões que motivam cada escolha alimentar.
 

Coordenadora de nutrição e dietética, Cintya Bassi esclarece tópicos reproduzidos pela população e comenta se estão ‘certos ou errados’:

  1. Limonada em jejum, pela manhã, faz bem?

Certo. Segundo a nutricionista, o hábito ajuda a reduzir o pH do estômago, melhorando a digestão. “Por possuir uma substância chamada monoterpeno, ajuda na limpeza do fígado, além de ter boa quantidade de vitamina C, que ajuda no sistema imunológico e tem ação antiinflamatória”. Segundo Cintya, um limão grande ou duas unidades pequenas misturados com água já trazem benefícios.

  1. Uma colher de mel ao dia é recomendada? 

Certo. “O mel, diferentemente do xarope de glicose ou do melado,  é um alimento saudável; portanto, mantê-lo na rotina traz benefícios, uma vez que ele tem um potencial antioxidante importante, combatendo os radicais livres que envelhecem as células do corpo”. Além disso, a especialista destaca sua ação anti-inflamatória e antibacteriana, combatendo o crescimento de bactérias, fungos e vírus.

  1. Taça de vinho ajuda na saúde do coração? 

Certo. Um vinho de qualidade e em dosagem baixa, como 1 taça ao dia, contribui para a saúde cardiovascular, graças aos seus compostos fenólicos, especialmente o resveratrol. “Eles atuam aumentando a concentração do colesterol bom, o HDL, e é um antioxidante que bloqueia a ação dos radicais livres”. A especialista ressalta também que ”o suco de uva integral tem os mesmos benefícios, com a vantagem de não ter álcool na composição”. 

  1. Uma maçã ao dia para evitar problemas de saúde? 

Nem certo, nem errado. “Mais importante que comer uma maçã por dia, é diversificar a alimentação, trazendo os benefícios das diversas frutas, verduras e legumes para a rotina”. A maçã possui compostos fenólicos semelhantes ao citado no vinho, no suco de uva, em alguns chás e em frutas vermelhas, “por isso, o benefício para a saúde cardiovascular pode vir da maçã, mas não apenas dela”, complementa Cintya.

  1. Banha de porco é mais saudável do que óleo de cozinha? 

Errado. “Ambas as escolhas devem ser consumidas com muita moderação, mas quando falamos de fritura, o óleo de cozinha é mais instável e em temperatura elevada oxida, gerando substâncias que fazem mal a saúde cardiovascular, o que não acontece com a banha e o azeite de oliva”, salienta a nutricionista.

  1. Óleo de coco é realmente recomendado?

Errado. O óleo de coco é uma fonte natural de gordura saturada e sua concentração o torna mais calórico que a manteiga. A recomendação da Americam Heat Association é que o consumo desse tipo de gordura seja de no máximo 10% das calorias diárias; ou seja, em pequenas quantidades. “Seus benefícios ainda são controversos e há estudos informando ele não aumenta o colesterol ruim e nem o risco de doença cardiovascular, desde que consumido dentro da recomendação”, finaliza a especialista.

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