O jejum intermitente, uma prática alimentar que alterna períodos de privação e ingestão normal de alimentos, tem ganhado popularidade como uma estratégia para perda de peso e melhoria da saúde metabólica. É caracterizado pela restrição voluntária de alimentos, intercalada com períodos de alimentação normal. Uma técnica é utilizada para diversas finalidades, incluindo perda de peso, mudanças na composição corporal, regulação dos valores, entre outros.
Segundo Irani Gomes dos Santos Souza, nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição, embora esse tipo de alimentação tenha se destacado, é importante sempre procurar por indicação e monitoramento adequado. “A prática deve ser supervisionada por uma equipe capacitada, composta por nutricionistas e médicos, devido aos potenciais riscos associados à restrição alimentar”, afirma.
Existem diferentes modalidades de jejum intermitente, variando desde jejuns de 16 horas até práticas de 36 horas ou consumo restrito em alguns dias da semana. Durante o período de jejum, geralmente, ocorre restrição calórica total. E, por isso, é comumente procurado por pessoas interessadas em perder peço, porém, a professora adverte que ele pode resultar em perda não apenas de tecido adiposo, mas também de massa magra e carência de vitaminas e minerais. Além disso, os períodos prolongados de jejum podem desencadear comportamentos de compulsão alimentar, comprometendo a educação alimentar.
“A alimentação pós-jejum deve ser balanceada, sem excessos de quantidade de alimentos, de sal, gorduras e açúcares. O jejum não deve ser encarado como uma solução perfeita para a perda de peso, mas sim como uma escolha que exige cuidado, especialmente no que diz respeito ao consumo alimentar após o término do jejum”, explica a especialista.
A prática do jejum deve ser sempre assistida por nutricionistas para não envolver carência de nutrientes e aumento do risco de transtornos alimentares. “A busca pela mudança de comportamento alimentar e hábitos de vida é a melhor escolha para o emagrecimento, promovendo mudanças sustentáveis ao longo da vida, ao contrário das práticas restritivas, que podem levar ao temido efeito sanfona”, conclui.
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