Em um mundo onde o autocuidado virou tendência e produto, é preciso parar e refletir: você está se cuidando ou só comprando o que mandaram? A busca por bem-estar hoje muitas vezes vem empacotada em cremes caros, suplementos da moda ou rotinas que parecem mais uma obrigação do que um prazer.
Autocuidado de Verdade Vai Além do Consumo
Autocuidado não é o que o algoritmo mostra, nem o que a propaganda empurra. É sobre conhecer suas reais necessidades — físicas, emocionais, mentais e espirituais — e criar práticas que façam sentido para sua vida.
Cuidar-se é:
- Dormir bem e respeitar seu cansaço.
- Dizer não quando necessário.
- Fazer pausas reais, longe de telas.
- Estar presente no momento, inclusive no banho ou na alimentação.
- Tocar seu corpo com atenção e carinho, sem culpa.
Comprar algo pode ser parte do autocuidado? Sim, claro. Um bom creme ou uma massagem podem ajudar. Mas quando o autocuidado depende apenas do consumo, ele deixa de ser um ato de presença e vira só mais uma tarefa da lista — ou pior, mais um gatilho de comparação.
Como Saber se Você Está se Cuidando de Verdade?
Pergunte-se:
- Estou fazendo isso porque me faz bem ou porque vi alguém fazendo?
- Isso me traz presença ou me deixa mais ansioso(a)?
- Estou me escutando ou obedecendo um padrão externo?
Se a resposta for mais sobre o que esperam de você do que sobre o que você sente, talvez seja hora de resgatar um autocuidado mais autêntico.
Volte ao Essencial
Autocuidado não precisa ser caro, nem instagramável. Pode ser:
- Sentar ao sol por 10 minutos.
- Escrever o que está sentindo.
- Preparar uma refeição simples com atenção.
- Respirar fundo antes de reagir.
- Se tocar com atenção, com gentileza, sem pressa.
Você está se cuidando ou só comprando o que mandaram? Essa pergunta incomoda — e tudo bem. É ela que pode te trazer de volta para si. Troque exigência por presença. Troque o ter pelo sentir. O verdadeiro autocuidado começa dentro, e custa zero reais.
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