No universo dos tratamentos estéticos, há uma busca incessante por métodos que prometem minimizar ou eliminar as temidas estrias, um problema estético comum que afeta milhões de pessoas. No entanto, nem todos os tratamentos disponíveis no mercado oferecem os resultados esperados.
“As estrias surgem quando há um rompimento das fibras da pele, o que gera marcas visíveis, geralmente em tons vermelhos ou brancos, dependendo de alguns fatores”, explica Thassia Piezzaroli, esteticista e micropigmentadora especialista em tratamentos de estrias e cicatrizes.
Elas aparecem frequentemente em momentos de crescimento rápido, como durante a puberdade, gravidez ou mudanças bruscas de peso. Apesar de não representarem um problema de saúde, as estrias podem impactar na autoestima e na aparência de quem as tem. “Muitos dos tratamentos amplamente usados no Brasil, são caros, dolorosos e, na prática, não conseguem regenerar a pele danificada, especialmente em estrias brancas, onde a falta de fluxo sanguíneo impede a recuperação adequada”, alerta.
A seguir, conheça os cinco tratamentos que, de acordo com a especialista, são eficazes para outras condições, mas não funcionam para estrias:
- Eletrolifting
O eletrolifting é um dos métodos mais antigos utilizados no combate às estrias. Ele consiste em aplicar uma corrente elétrica diretamente na pele por meio de uma agulha, causando pequenos choques locais. “Essa técnica, além de extremamente dolorosa, não é eficaz. O choque não consegue ativar o fluxo sanguíneo de forma significativa, e sem sangue na região, não há regeneração tecidual”, adverte Thassia.
- Carboxiterapia
Neste procedimento, um gás é injetado na pele por uma agulha, com o objetivo de inflamar a área e estimular o fluxo sanguíneo. “Apesar de a teoria parecer promissora, na prática, o gás não é eficiente para trazer o sangue necessário para a região. Além disso, o desconforto é imenso. A sensação de descolamento da pele é extremamente dolorosa e, no final, os resultados não compensam”, explica. “Embora a carboxiterapia possa ser eficaz para olheiras, não é indicada para estrias”, complementa a especialista.
- Vacuoterapia
A técnica utiliza a pressão negativa para sugar a pele e tentar estimular o fluxo sanguíneo. “Em estrias vermelhas, que ainda contêm sangue, esse método pode ter alguma eficácia. No entanto, para estrias brancas, que não têm sangue presente, o resultado é mínimo. É importante entender que as estrias brancas já estão cicatrizadas, e o sangue não é puxado para dentro da área afetada”, destaca a esteticista.
- Laser
Apesar de amplamente utilizado na dermatologia, o laser não é eficaz para todas as estrias. “O laser tem ótimos resultados em estrias vermelhas, pois consegue ativar o sangue que já está na área. Porém, no caso das estrias brancas, ele não consegue penetrar o suficiente para trazer a regeneração necessária, podemos verificar isso claramente nos estudos de artigos científicos sobre o equipamento e utilizaçãp em estrias”, afirma. Thassia comenta ainda que, além dos resultados limitados em estrias antigas, o tratamento possui um custo elevado, o que o torna uma opção menos viável para muitos pacientes.
- Camuflagem de estrias
A técnica de camuflagem utiliza pigmentos para cobrir as estrias, como uma tatuagem. “Como alguém que já trabalhou com essa técnica no passado, posso dizer que os riscos superam os benefícios. Os pigmentos usados para camuflagem não são puros, ou seja, é uma mistura de várias cores e, com o tempo, o organismo pode absorver partes desses pigmentos, deixando manchas indesejadas na pele, como tons amarelados ou alaranjados. A remoção dessas manchas é extremamente difícil, especialmente porque os pigmentos de camuflagem contêm a cor branca, que é uma cor muito resistente e não pode-se utilizar laser pra remoção porque fica esverdeado”, destaca a especialista.
Thassia Piezzaroli enfatiza que, ao buscar uma solução para estrias, é fundamental procurar tratamentos que realmente ativem o fluxo sanguíneo e promovam a regeneração tecidual. “É importante que as pessoas saibam disso antes de investir tempo e dinheiro em tratamentos que não vão trazer o resultado esperado”, conclui.
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